Venezuela rechaça embaixador designado pelos Estados Unidos
O governo venezuelano enviou uma nota diplomática ao governo dos EUA em que rechaça oficialmente o embaixador designado pelos Estados Unidos como representante do império em Caracas, Larry Palmer.
Publicado 20/09/2010 19:27
O embaixador da Venezuela na Casa Branca, Bernardo Ivarez, informou nesta segunda-feira (20) que a nota enviada por ele ao Departamento de Estado ratifica “o que o presidente Chávez disse” sobre o tema.
A razão da oposição de Caracas é o fato de que o candidato a embaixador americano comentou em audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado estadunidense que a moral dos militares venezuelanos era “consideravelmente baixas, particularmente devido a orientações dadas por políticos”.
“Em função do que ocorreu é impossível aceitar ao senhor Palmer xomo embaixador”, disse Ivarez, ressalvando que o governo Chávez está aberto a que os EUA “envie outro candidato a ser considerado pela Venezuela”.
Ele ponderou que Palmer falou de um setor “extremamente sensível” da sociedade venezuelana e, com isto, acabou se “desqualificando com suas declarações”, que soaram como provocação aos ouvidos das autoridades de Caracas.
Ivarez informou, ainda, que o governo enviou outra nota ao Departamento de Estado, pedindo cooperação no caso de Raúl Díaz, que aproveitou uma licença carcerária para fugir para os EUA, onde pediu asilo político.
Díaz foi sentenciado a 90 anos de prisão na Venezuela por sua participação em atentados contra a embaixada da Espenha e o consulado da Colômbia em Caracas, em 2003, que deixaram um saldo de quatro pessoas feridas.
O embaixador explicou que, apesar de ser condenado por terrorismo, um juiz concedeu o benefício previdenciário de apenas perneitar na prisão e ele aproveitou a deixa para viajar para a ilha caribenha de Trinidad, donde entrou para os Estados Unidos e pediu asilo político em Miami.
Ivarez disse que estão coletando todas as informações e documentos necessários para pedir a imediata extradição de Díaz. Resta saber se a Casa Branca, que se diz líder e campeã da luta contra o terrorismo, vai acatar o pedido do governo Chávez.
Com Cubadebate