Frente vai intensificar protestos no Chile pela causa Mapuche
A Frente Ampla pela Liberdade dos Presos Mapuche do Chile anunciou a intensificação de ações de protesto em solidariedade aos 34 comuneiros que desde 12 de julho se mantêm em greve de fome, num movimento solenemente ignorado pela mídia hegemônica.
Publicado 22/09/2010 19:31
Entre as medidas anunciadas por essa entidade prevê-se a convocação de uma mobilização nacional em defesa da causa Mapuche e em rejeição à aplicação da lei antiterrorista no território da Araucanía. Na opinião do presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Chile, Julio Sarmiento, o jejum em massa protagonizado por um grupo de dirigentes juvenis contribuiu para gerar uma maior sensibilidade social em torno das históricas e demandas dos povos originários.
Saúde debilitada
Na noite de terça-feira (21) observou-se o agravamento do estado de saúde de dois dos indígenas encarcerados na cidade de Angol, ao sul, identificados como Víctor Hugo Queipul Millanao, de 20 anos e Huaikilaf Cadin, de 30 anos.
De acordo com a Rádio Cooperativa do Chile, os dois precisaram ser transladados com urgência a um hospital ao sofrer uma descompensação, devido à prolongada extensão do jejum, que já ultrapassou os 70 dias.
Também na terça foi divulgada a decisão de duas documentaristas Mapuche da Região dos Rios de aderir à greve de fome de seus irmãos de etnia até que seja derrogada a lei antiterrorista.
Os comunicadores, nomeados Abel Aillapan Huichaqueo e Edgardo Collinao Nail, trabalham através do campo audiovisual no resgate da língua e cultura de seu povo.
Para o líder do Conselho de Todas as Terras, Aucán Huilcamán, o governo deve se pronunciar com mais exatidão sobre a mesa de diálogo: quem participa, que temas se tratariam, quanto é o tempo que se dialogará e a natureza de suas resoluções. Huilcamán insistiu que a prioridade é resolver a situação de greve de fome dos Mapuche e a aplicação da lei antiterrorista para reprimir suas lutas.
Fonte: Prensa Latina