Sem categoria

Frente vai intensificar protestos no Chile pela causa Mapuche

A Frente Ampla pela Liberdade dos Presos Mapuche do Chile anunciou a intensificação de ações de protesto em solidariedade aos 34 comuneiros que desde 12 de julho se mantêm em greve de fome, num movimento solenemente ignorado pela mídia hegemônica.

Entre as medidas anunciadas por essa entidade prevê-se a convocação de uma mobilização nacional em defesa da causa Mapuche e em rejeição à aplicação da lei antiterrorista no território da Araucanía. Na opinião do presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Chile, Julio Sarmiento, o jejum em massa protagonizado por um grupo de dirigentes juvenis contribuiu para gerar uma maior sensibilidade social em torno das históricas e demandas dos povos originários.

Saúde debilitada

Na noite de terça-feira (21) observou-se o agravamento do estado de saúde de dois dos indígenas encarcerados na cidade de Angol, ao sul, identificados como Víctor Hugo Queipul Millanao, de 20 anos e Huaikilaf Cadin, de 30 anos.

De acordo com a Rádio Cooperativa do Chile, os dois precisaram ser transladados com urgência a um hospital ao sofrer uma descompensação, devido à prolongada extensão do jejum, que já ultrapassou os 70 dias.

Também na terça foi divulgada a decisão de duas documentaristas Mapuche da Região dos Rios de aderir à greve de fome de seus irmãos de etnia até que seja derrogada a lei antiterrorista.

Os comunicadores, nomeados Abel Aillapan Huichaqueo e Edgardo Collinao Nail, trabalham através do campo audiovisual no resgate da língua e cultura de seu povo.

Para o líder do Conselho de Todas as Terras, Aucán Huilcamán, o governo deve se pronunciar com mais exatidão sobre a mesa de diálogo: quem participa, que temas se tratariam, quanto é o tempo que se dialogará e a natureza de suas resoluções. Huilcamán insistiu que a prioridade é resolver a situação de greve de fome dos Mapuche e a aplicação da lei antiterrorista para reprimir suas lutas.

Fonte: Prensa Latina