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Milhões protestam na França contra reforma da previdência

Cerca de 3 milhões de manifestantes foram às ruas em várias cidades da França nesta quinta-feira (23) para protestar contra a reforma previdenciária proposta pelo governo direitista de Nicolas Sarkozy, que visa aumentar a idade para aposentadoria de 60 para 62 anos.

Em Paris o número de manifestantes ultrapassou os 300 mil. Convocados pelas centrais sindicais, trabalhadores de todas as categorias ergueram mais uma vez, tal como haviam feito em 7 de setembro, suas vozes de protesto contra o governo neoliberal e conservador, que insiste em fazer os trabalhadores pagarem a conta da grave crise econômica.

As manifestações são o ponto culminante de uma jornada de lutas que inclui também uma greve geral.

"Hoje há mais manifestantes do que das últimas vezes”, declarou François Chérèque, secretário-geral da CFDT, no começo da manifestação em Paris.

Bernard Thibault, secretário-geral da CGT, considerou que a manifestação tinha as “mesmas proporções” que a do começo do mês. "A mobilização tem as mesmas proporções da que realizamos no começo de setembro”, declarou.

Continuar a luta

"Se o governo não se mexer, inclusive depois desta jornada, haverá outras, a luta vai crescer, se queremos vencer é preciso criar uma correlação de forças”, afirmou o secretário-geral da Força Operária, Jean-Claude Mailly.

Em pleno acordo com ele, opinou Bernard Thibault: “Se Nicolas Sarkozy  "não mudar de opinião e se mantiver numa posição intransigente, nosso dever e nossa responsabilidade como organização sindical é tomar outras iniciativas”, disse.

A reforma previdenciária, que prevê o aumento da idade de aposentadoria de 60 para 62 anos foi votada pelos deputados em 15 de setembro. Agora deverá ser examinada pelo Senado a partir de 5 de outubro.

A jornada de luta na França é parte de uma grande onda de greves e manifestações em toda a Europa contra as políticas de arrocho dos governos. Assinala uma importante retomada da iniciativa dos movimentos populares e sindicais . Eleva-se o termômetro das lutas de classes no velho continente.

Da Redação, com agências