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Futebol brasileiro mais presente nas telas de cinema

Com o recente lançamento de Soberano – Seis Vezes São Paulo, filme que procura narrar a trajetória do São Paulo Futebol Clube em suas conquistas nacionais, o futebol brasileiro tem sido assunto cada vez mais presente na cinematografia do país.

No passado, o gênero foi explorado por artistas como Mazzaropi, com seu filme "O Corinthiano", que narrava as peripécias de um autêntico torcedor do clube paulista, que vivia um período de jejum de títulos mas que via sua torcida crescer em termos numéricos.

Na década de 1990, Boleiros vem resgatar o futebol para o cinema, abordando histórias que vão desde o torcedor fanático ao árbitro corrompido, personagens onipresentes do esporte ao longo da sua história no Brasil.

Recentemente surgiram filmes que narram trajetórias clubísticas épicas, ou nem tanto. "Inacreditável" é o filme de 2005 que descreve como o gaúcho Grêmio consegue retornar à divisão de elite do futebol brasileiro ao se classificar em Recife, em um jogo no estádio do pernambucano Náutico que ficou conhecido como "A Batalha dos Aflitos".

Em 2010, foi lançado o filme “1983: O Ano Azul”, que revive o ano em que o Grêmio foi campeão da Libertadores e da Taça Intercontinental.

O Internacional, rival do Grêmio, também não ficou atrás nas telas de cinema e lançou filmes, como "Gigante – Como o Inter Conquistou o Mundo", sobre a conquista do 3º Mundial de Clubes, no Japão, sobre o Barcelona, em dezembro de 2006.

Em seu centenário, em 2009, o Internacional protagonizou outro filme, intitulado “Nada vai nos separar”. O filme participou neste ano de mostra cinematográfica na Itália. O documentário foi exibido no dia 20 de maio na V Mostra de Cinema Brasileiro em Milão, evento organizado pelo Instituto Brasil-Itália.

O filme oficial do São Paulo, "Soberano – Seis Vezes São Paulo", foi dirigido pelo torcedor do clube Carlos Nader, teve roteiro de Maurício Arruda, também tricolor, e trilha sonora com músicas exclusivas compostas por Nando Reis, fanático pelo clube.

O gigantesca torcida do Corinthians Paulista também não ficou fora das salas de cinema. "Fiel", de Andréa Pasquini, que estreou em abril de 2009, procurra narrar o amor do torcedor corinthiano pelo seu time, justamente no momento mais crítico da história moderna do clube paulista, quando foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro.

Outro filme que narra um momento épico para o clube é "23 anos em 7 segundos – O Fim do Jejum Corinthiano", de Di Moretti e Julio Xavier, sobre a conquista do campeonato paulista de 1977, após 22 anos de agonia sem títulos paulistas do clube mais vitorioso do estado. Este ano, em seu centenário, o Corinthians protagonizou um terceiro filme, "Todo Poderoso", abordando um pouco dos primeiros 100 anos de história do clube, com imagens de uma partida em 1929, contra o italiano Torino, uma vitoriosa excursão à Suécia, em 1952, gols e jogos históricos ao longo do século 20.

Essa trajetória centenária rende também na literatura. O leitor André Luiz Leiro Rabelo encaminha a seguinte homenagem a seu time de coração:

Alta Tensão

O povo havia acordado como nunca antes.
Era domingo.
O sol raiou como nunca.
Bandeiras da felicidade agitavam pelo ar.
Cores, caras, cabelos e cabeças já se misturavam.
Rodas, roletas, rádios, e ROTAs já circulavam.
O professor estava com a sala cheia.
A redonda já rolava no céu azul.
E o que parecia deserto virou formigueiro,
o que parecia paz, virou guerra.

No palco muitas cores se misturavam,
mas duas cores se ressaltavam: o branco do leite e o preto do café.
O café com leite do povão já derramava no gramado verde do Morumbi.
E lembrando fio de alta tensão que só conduzia uma única palavra TIMÃO

Da redação