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Banco central dos EUA revela que economia permanece estagnada

A economia americana continuou com crescimento modesto em setembro e no começo de outubro, segundo o Livro Bege, compêndio de dados coletados pelas 12 unidades regionais do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

O levantamento, divulgado há pouco, revelou que a economia evoluiu de forma desigual pelos Estados Unidos, com sete das 12 regionais do Fed registrando leve crescimento no período.

Três regiões – Filadélfia, Richmond e Cleveland – descreveram a atividade econômica como “mista”, enquanto apenas duas áreas – Atlanta e Dallas – indicaram que a economia vai devagar.

Alguns setores da economia ainda demonstram fraqueza, especialmente o mercado imobiliário, que vai mal em praticamente todo o país. Desta forma, o levantamento conclui que a economia não está completamente parada, mas cresce muito lentamente, em um ritmo insuficiente para reduzir o desemprego.

Os preços de produtos e serviços permanecem estáveis apesar da maior pressão de custos, o que reforça a tese de que a inflação permanece muito baixa. A estabilidade nos preços é reflexo do gasto dos consumidores no varejo, que também continua no mesmo nível na maior parte do país.

“Olhando para o futuro, a maioria dos varejistas prevê um crescimento modesto nas vendas de fim de não. Alguns lojistas em Nova York sinalizaram que devem contratar pessoal para as festas de fim de ano”, informa o Livro Bege.

O levantamento revela ainda que a atividade manufatureira seguiu em expansão na maior parte do país, com as exportações impulsionando a produção na maioria das regiões. É um dos efeitos da guerra comercial comandada pelos EUA, cuja política monetária frouxa inunda o mundo de dólares e provoca a desvalorização da moeda, incentivando a exportação das empresas estadunidenses e criando problemas para o Brasil e outros países.

A virtual estagnação econômica do país, que ainda não conseguiu superar a recessão iniciada no fim de 2007, contrasta com o vigoroso crescimento da China e outros países emergentes, acentuando o processo de decadência do poderio econômico dos Estados Unidos no mundo e reforçando a necessidade de uma outra ordem mundial.

Com agências