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Sindicatos franceses preparam mais dois dias de protestos

A França deve enfrentar pelo menos mais dois dias de protestos nacionais – 28 de outubro e 6 de novembro. Depois de mais de uma semana de manifestações, as datas foram convocadas pelas centrais sindicais, no quadro da luta contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo neoliberal e conservador de Nicolas Sarkozy.

O projeto defendido pelo presidente francês, se for aprovado, elevará de 60 para 62 anos a idade mínima para aposentadoria e de 65 para 67 anos, no caso dos que não atingiram o tempo de contribuição exigido.

Sob forte pressão do governo direitista e recorrendo a manobras regimentais, em que não faltou boa dose de arbitrariedade, o Senado abreviou o debate e pode votar a reforma – já aprovada pela Câmara – possivelmente ainda nesta sexta-feira (22).

Na quinta (21), foi registrada mais uma jornada de greves e protestos, com passeatas em cidades como Paris, Marselha, Toulouse e Bordeaux. Pela manhã, um grupo bloqueou o acesso ao aeroporto de Marselha, terceira maior cidade do país. O local foi liberado, algumas horas depois, com a chegada de tropas de choque da polícia.

Mesmo diante da onda de manifestações, o presidente francês afirmou que não vai voltar atrás e que a reforma precisa ser aprovada. O governo defende que a mudança é essencial para sustentar o sistema previdenciário do país, mas os sindicatos contra-argumentam dizendo que os trabalhadores mais pobres serão prejudicados.

As paralisações já afetaram os transportes urbanos, os aeroportos e os portos em todo o país, além do setor petrolífero.

Com agências