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Mercadante: Futuro do Brasil e da AL depende da eleição de Dilma

“Neste domingo nós vamos decidir não só o destino do Brasil, mas também o de toda a América Latina”. A observação foi feita nesta sexta (29) pelo senador Aloízio Mercadante durante o último comício da campanha de Dilma Rousseff em São Paulo, realizado à tarde na Praça da Sé, centro da capital.

Caminhada pró-Dilma - Laldert Castelo Branco

Cerca de 2 mil militantes participaram da manifestação, que começou com uma caminhada iniciada na Praça Patriarca e foi concluída com uma concentração na Sé. Dirigentes das seis maiores centrais sindicais do país (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CGTB) marcaram presença no ato, ao qual também compareceram lideranças dos movimentos sociais, da UNE e dos partidos políticos que compõem a coligação Para o Brasil Continuar Mudando.

Saltinho baixo

O evento foi dominado por um clima de otimismo, com os militantes confiantes na vitória domingo, mas os oradores recomendaram cautela e maior mobilização na reta final da campanha. “Precisamos andar com saltinho baixo para conquistar a vitória nas urnas”, alertou o presidente da CTB, Wagner Gomes. “Não se ganha eleição com pesquisa, mas com votos”, complementou o presidente do PT paulista, Edinho Silva.

O candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB), fez um rápido discurso, sublinhando que é testemunha do “entusiasmo extraordinário do povo brasileiro na campanha da Dilma neste segundo turno. Em todas as manifestações de que tenho participado no país sinto isto. Quero lhes pedir que continuem mobilizados, pedindo o voto para Dilma até o minuto final da campanha.”

Homenagem a Kirchner

O público prestou uma comovente homenagem ao ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, durante o discurso de Mercadante. O senador petista elogiou o legado de Kirchner, que resgatou o país da bancarrota produzida pelo governo neoliberal de Carlos Menem e pelo FMI, enfrentou os bancos estrangeiros e o imperialismo, recuperou a autoestima do povo argentino e promoveu uma política externa soberana, priorizando o fortalecimento do Mercosul e a integração latino-americana, ao contrário de Menem, que advogava “relações carnais” com os EUA.

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) salientou que, enquanto Dilma conta com o apoio quase unânime da classe trabalhadora e com a militância das centrais sindicais, o candidato tucano José Serra provou que é um inimigo dos assalariados. “Tratou professores e policiais à base da cacetada. Temos a obrigação de derrotá-lo no domingo.”

Encontro com o futuro

“Daqui a dois dias temos um encontro com o futuro”, ressaltou a presidente do PCdoB em São Paulo, Nádia Campeão. “A eleição de Dilma será a grande vitória do povo brasileiro contras as mentiras e calúnias. Vamos eleger a primeira mulher presidente do Brasil como uma homenagem a todas as mulheres.”

O senador Eduardo Suplicy também falou na Sé, revelando que está “muito confiante na vitória”. O vereador paulistano Jamil Murad, do PCdoB, também deu seu recado no comício: disse que Serra representa o retrocesso, significa o retorno da política de privatizações, desnacionalização e desemprego.

“Por isto, o candidato tucano tem o apoio declarado de porta-vozes da oligarquia financeira internacional”, afirmou o vereador comunista, numa alusão a editoriais recentes da revista The Economist e do jornal Financial Times, papas do conservadorismo britânico que manifestaram abertamente a preferência pelo ex-governador de São Paulo neste segundo turno. “Não devemos medir esforços daqui até domingo para garantir a vitória de Dilma e barrar a possibilidade de retrocesso”, complementou.

Da redação, Umberto Martins