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AGU vai enviar informações técnicas à juíza que suspendeu o Enem

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai enviar amanhã (11) informações técnicas à juíza Karla Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, que determinou a suspensão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no último fim de semana. A intenção é tentar convencê-la a rever sua posição antes que o órgão envie um agravo de instrumento recorrendo da decisão, conforme foi anunciado ontem.

Vinte e um mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas no sábado (6). Não se sabe ainda quantos candidatos foram prejudicados pelo problema, mas estima-se que sejam menos de 2 mil pessoas. O MEC vai aplicar novas provas para esse grupo de estudantes.

Para a juíza, entretanto, a solução não garante a isonomia entre os concorrentes. O problema é que a decisão da juíza é ainda mais prejudicial, pois a anulação da prova, para supostamente "não prejudicar" pouco menos de 2 mil estudantes, vai causar grande prejuízo para os mais de 4 milhões de alunos que prestaram a prova sem problemas.

Por essa razão, as duas principais entidades estudantis do país, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) emitiram nota à imprensa condenando a decisão de anular o exame.

Ontem, o advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, disse que o princípio da isonomia está garantido no caso de reaplicação do Enem, já que a metodologia utilizada na prova, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), permite elaborar testes com o mesmo grau de dificuldade, ainda que as questões sejam diferentes.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, descartou a necessidade de anular o Enem. O Ministério da Educação (MEC) está levantando o número exato de estudantes que foram prejudicados pelos erros.

Com informações da Agência Brasil