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Deputado do PT quer aprofundar debate sobre meios de comunicação

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) pediu, em pronunciamento no plenário da Câmara, nesta semana em que se realizou o "Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias", a ampliação dos debates sobre os meios de comunicação no Brasil. Ele defende uma legislação clara, com direito de defesa e de resposta aos que são caluniados e a revisão do processo de concessão de rádios e TVs.

A sociedade brasileira, explicou ele, precisa ser informada que os meios de comunicação privados no país têm donos. “E esses donos têm interesses políticos, financeiros, comerciais. Têm interesses que decidem, às vezes, os destinos do país, porque os interesses deles indicam ter preferência por um ou outro candidato”.

Na eleição recente, a Revista Carta Capital publicou a sua preferência pela candidata Dilma Rousseff (PT). Depois de muita cobrança, o jornal O Estado de São Paulo, também em editorial, assumiu sua posição favorável ao candidato tucano José Serra”, recentemente, quando definiu de qual lado ela estava. Para Dr. Rosinha, “não há problema nenhum nisso, mas digam que têm essa preferência, assumam isso publicamente.”

Ele explicou que, ao assumirem essa posição, os leitores, ouvintes saberão quem são e de que lado os veículos estão e, aí sim, saberão que estão fazendo campanha eleitoral abertamente, criticando aqueles veículos que dizem ser imparciais na cobertura da campanha eleitoral. “Eu acompanhei todos os meios de comunicação e percebi: há parcialidade.”

Exemplo da Veja

Para ele o exemplo de parcialidade, entre as revistas semanais, é o da revista Veja: “Ela é totalmente parcial. E mais, quando lhe interessa, distorce todos os fatos e não informa à população brasileira, ou os seus leitores, qual a posição. Por tudo isso acho que é necessário que esse debate sobre os meios de comunicação no Brasil deve ser aprofundado”, finalizou o parlamentar petista.

Na avaliação do parlamentar, é preciso também discutir o procedimento das concessões. Ele faz críticas severas ao processo atual de concessão, destacando que “ao longo da história, as concessões sempre foram entregues aos padrinhos políticos, aos compadres, àqueles que farão a defesa do governante de plantão.” E critica os detentores das concessões das rádios e TVs, de impedir o debate sobre o assunto, alegando censura. “Não! Não é censura, é questionar o privilégio que tiveram e continuam tendo”, ressaltou Dr. Rosinha.

De Brasília
Márcia Xavier