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Cólera já matou mais de 1.300 no Haiti

O Ministério da Saúde do Haiti confirmou nesta segunda-feira (22) outras 94 mortes por cólera, cifra que eleva a 1.344 o total de falecimentos desde o início da epidemia há um mês.

Segundo informe de 19 de novembro revelado hoje, 56.901 infectados foram atendidos por médicos haitianos e internacionais, principalmente cubanos e venezuelanos. O total de hospitalizações até a sexta-feira passada somava 23.377, enquanto 22.487 pessoas conseguiram sobreviver à enfermidade.

Os dados por regiões indicam que Artibonite, no norte, onde se detectou o foco da doença, é a mais afetada, com 701 mortes, mais da metade do total nacional.
Na capital, Porto Príncipe, onde cerca de 1,5 milhão de pessoas atingidas pelo terremoto de janeiro último vivem em tendas, as baixas somam 77, dez a mais que no balanço anterior, de 17 de novembro.

Até o momento não foram registradas mortes por cólera nas regiões de Grand Anse e Nippes, segundo o informe.

A epidemia causou mais estragos no sistema penitenciário nacional, onde agora se contabilizam 19 mortos, 12 a mais que na semana anterior.

Voluntários e sanitaristas estimam que a cifra real de perdas humanas é superior, tendo em conta as possíveis mortes em comunidades afastadas desse empobrecido país.
Enquanto isso, continua sem descanso o trabalho de 36 centros para tratamento de cólera distribuídos por todo o país e por 61 unidades menores que também oferecem essa assistência.

A epidemia despertou a revolta da população haitiana, que sente o abandono a que foi relegada pela comunidade internacional e mostra a falsidade das soluções que não sejam uma efetiva ajuda econômica e social. Neste domingo o presidente Hugo Chávez exortou as Nações Unidas a porem fim à intervenção militar no país caribenho e a dar-lhe uma efetiva ajuda.

Com agências internacionais