Hillary viaja para Ásia Central para manter bases na região
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, fez na última quinta-feira (2) uma visita à ex-república soviética do Quirguistão, para pressionar o governo local a manter a base aérea militar que os Estados Unidos têm no país. Segundo Hillary, a base é fundamental na guerra de ocupação do Afeganistão.
Publicado 03/12/2010 18:05
"O Quirguistão, ao alojar a base de Manas, está ajudando os esforços no Afeganistão", indicou Hillary durante sua visita ao país, no contexto de um giro pelo centro da Ásia, que inclui viagem ao Cazaquistão e ao Uzbequistão.
"A razão pela qual é importante para o Quirguistão é que não queremos que o terrorismo seja exportado", continuou Hillary. "Trata-se de estabilizar o Afeganistão para que a violência e o extremismo nãoi sejam difundidos pela Ásia Central", profetizou a representante americana.
A presidente do país, Rosa Otunbayeva, disse que a base no seu país desempenha um papel "estabilizador" na região, ante a prevista retirade de tropas dos EUA e de outros aliados do Afeganistão, dando a entender que já havia chegado a um acordo com os Estados Unidos sobre a permanência da base de Manas.
Entretanto, a decisão sobre a permanência das tropas estadunidenses no Quirguistão deverá ser tomada pelo novo governo de Bichkek, formado há alguns dias entre as forças que participaram no golpe de Estado que provocou a expulsão do ex-presidente Kurmanbek Bakiyev, que governou de 2005 a abril de 2010.
A nova coalizão, formada por três organizações políticas, será liderada pelo líder pró-russo Almasbek Atambayev, que nos últimos 5 anos criticou a base, que aloja cerca de mil soldados americanos instalados em 2001 e que paga aluguel anual de US$ 60 milhões. Os Estados Unidos gastam também mais US$ 100 milhões a título de "ajuda econômica" ao país.
Fonte: La Jornada