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Militante morto pela ditadura receberá homenagem na Câmara de SP

A Câmara Municipal de São Paulo irá prestar uma homenagem póstuma, nesta terça-feira (7), às 19 horas, ao militante Eduardo Collen Leite, o Bacuri. Durante a cerimônia ele receberá o Título de Cidadão Paulistano.

O mineiro de 25 anos, natural de Campo Belo, foi sequestrado pela ditadura militar em 1970, no Rio de Janeiro, quando chegava à sua casa. Durante mais 100 dias ele sofreu brutais torturas físicas e psicológicas.

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Às vésperas de seu assassinato, em São Paulo, a repressão lhe entregou um exemplar da Folha da Tarde que noticiava sua morte "em um tiroteio".

Quando foi preso, sua companheira Denize Crispim estava grávida de Maria Eduarda – única filha do casal.

Joelson Crispim, irmão de Denize, também foi assassinado naqueles anos. A companheira de Bacuri também presenciou a prisão dos pais José Maria Crispim e Encarnación Perez — velhos militantes comunistas.

Encarnación ficou na cadeia até ser trocada por um diplomata raptado. José Maria, que já estivera preso em 1941, durante a ditadura Vargas (Estado Novo), manteve-se na clandestinidade até se asilar.

A homenagem — de autoria dos vereadores Ítalo Cardoso e Juliana Cardoso, ambos do PT — é uma espécie de resgate histórico de uma das muitas histórias de luta e resistência do período da ditadura militar (1964-1985).

Da redação