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PMDB mira 5 ministérios; PSB quer 2 pastas e estatais do Nordeste

O PMDB dá como certa a participação em cinco ministérios no governo da presidente eleita Dilma Rousseff. O vice de Dilma, Michel Temer, disse que está satisfeito e aguarda o anúncio oficial. Já a presidente ainda precisa atender aos outros partidos.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) — que admite ter sido sondado para assumir o Ministério da Previdência — já decidiu: vai aceitar o convite, mas não é bem o que ele queria. “Tem de trabalhar com o que é do agrado e o que não é. Se você está na vida política ou em qualquer outra atividade, você está para enfrentar os desafios.”

Na terça-feira (7), o movimento foi intenso na Residência do Torto. Dilma passou o dia reunida com coordenadores da transição e aliados. Wagner Rossi esteve lá. Ele deve continuar à frente do Ministério da Agricultura. Já o senador Edison Lobão, cotado para reassumir o Ministério de Minas e Energia, esteve com o presidente Lula no Palácio da Alvorada. Entrou e saiu sem falar com a imprensa.

O deputado Pedro Novaes deverá ser o ministro do Turismo. Para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, Wellington Moreira Franco, ex-governador do Rio, vai assumir por indicação do vice-presidente eleito.

Segundo Temer, Dilma deve anunciar os nomes do PMDB entre hoje e amanhã. O deputado afirmou ainda que as negociações vão bem e se mostrou satisfeito com o espaço do partido no futuro governo. “Cinco ministérios estão ajustados e muito bem ajustados”, conta o vice-presidente eleito.

PSB

Já o PSB deve acertar hoje com Dilma sua participação no futuro governo. A cúpula do partido quer fechar a cota de poder dos socialistas com dois ministérios — o da Integração, para o ex-deputado Fernando Bezerra Coelho (PE), e o das Micro e Pequenas Empresas, para o senador Antonio Carlos Valadares (SE) —, além de manter sob seu comando a Secretaria de Portos.

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, já se entendeu com os colegas petistas e socialistas que administram estados nordestinos. Juntos, os seis estados governados pelas duas legendas — Pernambuco, Piauí, Paraíba, Ceará, Bahia e Sergipe — gostariam de comandar também os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além de cinco estatais e autarquias.

A partilha dos órgãos regionais só será definida depois de fechada a composição do ministério. O objetivo é usar os postos de direção das estatais e autarquias para compensar eventuais perdas de um ou outro partido aliado na negociação dos ministérios.

Estão em jogo presidências e diretorias da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e do Banco Nacional do Nordeste (BNB).

Da Redação, com agências