Movimentos sociais fazem novo protesto em Cancun
As organizações sociais presentes à Cúpula do Clima em Cancun, que entra em sua fase final do chamado segmento de alto nível, proporcionam novas manifestações nesta quinta-feira (9) contra aqueles que se recusam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Publicado 09/12/2010 16:16
De acordo com uma nota divulgada para os jornalistas que cobrem o evento, o protesto tem como foco o Banco Mundial, com a cobrança de que esta instituição financie os passos necessários para reduzir o impacto ambiental no planeta, que ameaça a humanidade.
A Rede Internacional de Amigos da Terra (Foei, na sigla em inglês) convoca todos os ativistas de organizações não-governamentais, ambientalistas e comunidades indígenas em Cancun a participarem deste que já é o terceiro protesto nesta cidade mexicana.
As organizações apelam aos governos do mundo para cumprirem sua obrigação de garantir novos e adicionais recursos públicos para financiar projetos ambientais, sem aumentar o peso da dívida dos países pobres, de forma livre de condições políticas, conforme defende a convocatória do protesto.
A rede Foei ressalta que a idéia é coletar milhares de assinaturas, como uma carta aberta aos líderes em Cancun, por ocasião da Convenção-Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16).
O convite convoca protestos em frente aos escritórios do Banco Mundial e outras agências em países desenvolvidos.
Além de pequenas manifestações momentâneas de grupos específicos em diversos fóruns paralelos à Cúpula, há quatro dias foi feita aqui uma marcha da qual participaram cerca de mil manifestantes, e na terça-feira desfilaram em Cancun três mil ambientalistas.
Até agora, nenhuma dessas manifestações foi perto da sede da COP-16, que ocorre no complexo hoteleiro Monn Palace, devido ao forte dispositivo de segurança sob a responsabilidade da Polícia Federal, presente na estância.
As marchas só foram autorizadas a circular em local reservado a manifestações de ONGs, que fica nos arredores de Cancún. Até agora não se relataram incidentes ou confrontos com polícia.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone