EUA se desculpam com Argentina após vazamentos do Wikileaks
O subsecretário de Estado dos EUA, William Burns, expressou ao chanceler argentino, Héctor Timerman, as "desculpas" do governo de Barack Obama após os vazamentos do Wikileaks, informaram fontes oficiais.
Publicado 12/12/2010 09:57
Burns, que chegou à Argentina como parte de sua viagem pela América do Sul, que já o levou ao Chile e que em breve o conduzirá ao Brasil, esteve com Timerman em uma reunião da qual também participou a embaixadora dos Estados Unidos em Buenos Aires, Vilma Socorro Martínez.
Segundo fontes oficiais, Burns entregou a Timerman uma carta manuscrita dirigida à presidente argentina, Cristina Kirchner, e assinada pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, onde a agradece por ter evitado fazer comentários públicos sobre os documentos diplomáticos vazados pelo Wikileaks.
Em declarações divulgadas pela agência oficial "Télam", Timerman assinalou que durante a "muito amável" reunião com Burns o funcionário "expressou as desculpas de seu país pela situação do Wikileaks".
"Confirmaram que estudam mudar a forma de como recorrem a suas fontes de informação", acrescentou o chanceler argentino.
Os primeiros documentos revelaram que o Departamento de Estado dos EUA pediu informação a sua embaixada em Buenos Aires sobre o estado mental da presidente Cristina Kirchner.
Os telegramas enviados pelos diplomatas americanos em Buenos Aires também revelaram supostos vínculos de um alto funcionário com a corrupção e o narcotráfico, e que a presidente argentina teria aceitado "cooperar com o Governo dos Estados Unidos na Bolívia" para melhorar a relação entre os países.
Após o vazamento, no último dia 2, Hillary telefonou para Cristina para dar explicações sobre os documentos que fazem referência à Argentina
Fonte: EFE