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Bolivia confirma que rechaça declaração final de Cancun

O presidente boliviano, Evo Morales, ratificou a rejeição de seu governo ao acordo final da 16ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, realizada em Cancun.

A delegação deste país não assinou o documento “por um princípio de responsabilidade e para defender a Mãe Terra que é agredida pela política irracional de industrialização das nações desenvolvidas", afirmou o mandatário.

"É lamentável que os países industrializados não assumam sua responsabilidade e pretendam que as nações em desenvolvimento, como a Bolívia,carreguem em seus ombros as crises geradas pelo capitalismo", enfatizou.

Para Morales, em Cancun foram aprovadas decisões “piores que as da cúpula realizada em Copenhague, Dinamarca, em dezembro de 2009".

"Em Copenhague se fixou como limite dois graus centígrados de aumento da temperatura e uma redução de 23 a 40 por cento dos gases de efeito estufa, enquanto que em Cancun essa obrigação foi rebaixada a apenas de 13 a 17 por cento", criticou.

Também explicou que se com a redução de gases contaminantes até 40 por cento se previa um aumento da temperatura em dois por cento, as decisões de Cancun colocam o mundo à beira de um aumento de três a quatro por cento.

"O aquecimento global deixou sequelas no mundo e põe em risco a vida do planeta pelo agravamento das secas, inundações e a aparição cada vez mais frequente de desastres naturais", precisou.

Morales recordou que por conta da seca deixam de ser produzidos os alimentos que servem à humanidade para sobreviver, e lamentou a indolência dos governos, que não ouvem a voz de seus povos e preferem manter políticas de mercantilização da terra.

De igual modo, o chefe de Estado destacou que seu governo se manterá firme na luta em defesa do meio ambiente e da Mãe Terra para exigir aos países industrializados a mudança das políticas que matam o planeta e a humanidade.

Longe de ficar isolada em Cancun,a Bolívia esteve com os povos que defendem a vida em face das agressões ao meio ambiente e ao planeta.

Fonte: Prensa Latina