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China anuncia avanço na tecnologia nuclear

Cientistas chineses conseguiram deram um avanço na tecnologia de reprocessamento de combustível reprocessado que poderia resolver o problema do abastecimento de urânio da China, anunciou a televisão chinesa nesta segunda-feira (3).

A tecnologia, desenvolvida e testada na fábrica 404 da Corporação Nuclear Nacional Chinesa no deserto de Gobi, na remota província de Gansu, permite a reutilização do combustível irradiado e é capaz de aumentar em 60 vezes a taxa de utilização de materiais de urânio em usinas nucleares.

"Com a nova tecnologia, a quantidade de urânio já detectada na China pode ser utilizada por 3 mil anos", informou a Televisão Central da China.

A China, bem como a França, o Reino Unido e a Rússia, apoia ativamente o reprocessamento, como forma de gestão de comb ustível altamente radioativos e como fonte de material físsil para fornecimento de combustível nuclear no futuro.

Mas os cientistas independentes argumentam que a aplicação comercial de reprocessamento de combustível nuclear sempre foi dificultada pelo custo, a tecnologia, o risco de proliferação e os desafios de segurança.

A China tem 171.400 toneladas comprovadas de urânio distribuídas principalmente em oito províncias – Jiangxi, Guangdong, Hunan, Xinjiang, Mongólia Interior, Shaanxi, Liaoning e Yunnan.

O país está planejando um esforço gigantesco para produzir energia nuclear, a fim de se livrar de carvão, o combustível fóssil mais poluente. A China possui 12 reatores que trabalham com 10,15 gigawatt (GW) de capacidade de geração total.

A China estabeleceu uma meta oficial de 40 GW de capacidade instalada de geração nuclear até 2020, mas o governo indicou que poderia ser o dobro da meta – cerca de 80 GW – de expansão. Esta é uma das soluções mais viáveis para atingir as metas de redução de emissões.

Fonte: China Daily