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Gastos de custeio não podem ser satanizados, diz Miriam Belchior

Os gastos de custeio “não podem ser satanizados”, afirmou a nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ao tomar posse do cargo nesta segunda-feira (3), em Brasília. “Não abriremos mão de prestar serviços públicos à população, pois assim determina a nossa Constituição. Tenho a convicção de que isso pode ser feito com maior eficiência”, acrescentou ela.

“Essa satanização é comum e eu quero lembrar que Bolsa Família e gastos de saúde são custeio, o que os torna diferentes de gastos internos da máquina.” Ela lembrou, ainda, que recursos para manutenção de rodovias também entram na rubrica de custeio, para defender a ideia de que parte do custeio também pode gerar retornos maiores ao país no longo prazo. “Temos que tomar cuidado de não colocar tudo no mesmo saco.”

Segundo Miriam, os recursos públicos, “sempre insuficientes ante as necessidades do país”, deverão ser canalizados para as prioridades do novo governo: erradicar a miséria, oferecer educação e saúde de qualidade, melhorar a segurança pública, combater as drogas e ampliar investimentos em infraestrutura.

De acordo com a nova ministra, quanto à gestão pública federal, terão prioridade os processos de melhoria do atendimento ao cidadão e os “estruturantes dos ministérios”.

“Minha meta é que o Ministério do Planejamento, além de suas atribuições institucionais, inove incorporando um novo papel: o de facilitador das ações governamentais, enfrentando, com os demais ministérios, os principais gargalos institucionais da administração pública federal.”

Miriam disse ainda que, além da responsabilidade à frente do ministério, terá outra missão a cumprir, juntamente com a presidenta Dilma Rousseff e as outras ministras: “demonstrar que as mulheres podem dividir com os homens a condução do nosso país”.

Com agências