Tucano Marconi Perillo assume Governo de Goiás pela terceira vez

O tucano Marconi Perillo tomou posse para seu terceiro mandato como governador de Goiás em sessão solene no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. A cerimônia aconteceu neste sábado, 1º de janeiro de 2011. Já a solenidade de posse dos auxiliares ocorreu na manhã deste domingo no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

Marconi Perillo (PSDB) foi eleito governador de Goiás no segundo turno com 52,9% dos votos. O tucano venceu o seu maior adversário político, o ex-prefeito de Goiânia e ex-governador do Estado, Iris Rezende (PMDB), que teve 47% dos votos.

Em sua terceira gestão à frente do governador de Goiás, Marconi Perillo aproveitou a posse de seu secretariado ocorrida neste domingo (02) no Centro Cultural Oscar Niemeyer para acusar o seu antecessor, o ex-governador Alcides Rodrigues (PP) de má gestão e desperdício.

Segundo Marconi, há um déficit de quase R$ 400 milhões para o atual quadrimeste, um rombo estimado de R$ 1 bi e a gastos com a folha de servidores estão no limite do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

No fim da tarde deste domingo, o ex-secretário da Fazenda do Estado, Célio Campos, disse discordar das críticas do tucano e afirmou não ser verdade o desvio de recursos da Folha do funcionalismo. "Estes números que ele citou não correspondem a realidade”.

Em seu discurso, Marconi afirmou que o seu governo terá as marcas do rigor e da austeridade nos gastos públicos. As cinco primeiras medidas que serão tomadas, segundo o governador são: Redução e controle de despesas, incremento de receitas; A construção de um Plano de reconstrução da Celg, pois o empréstimo dado pelo Governo Federal foi cancelado pelo novo Governador; Profunda auditoria em todos os procedimentos licitatórios; Visando a meritocracia, o governo vai elaborar propostas de gestão de pessoal baseadas em critérios de mérito e a Secretaria Pública deverá iniciar ação de policiamento ostensivo.

Últimas gestões no Estado

O tucano foi eleito governador pela primeira vez em 1998 e conseguiu a reeleição ainda no primeiro turno em 2002, com Alcides Rodrigues (PP) como seu vice. Em abril de 2006, Marconi deixou o governo para concorrer ao Senado, ao qual foi eleito, e Alcides passou a comandar o Estado pelos nove meses restantes.

Após ser eleito governador em 2008, Alcides rachou com o ex-aliado alegando ter recebido de Marconi Perillo um governo com um déficit mensal de R$ 100 milhões. Na eleição de 2010, o pepista chegou a lançar o empresário Vanderlan Cardoso (PR) como candidato ao governo. E no segundo turno apoiou o adversário de Marconi, Iris Rezende (PMDB).

Auxiliares

Na manhã deste domingo foram nomeados 62 auxiliares, além dos 59 nomes anunciados na última semana.

Entre os principais nomes da equipe estão: o deputado federal Thiago Peixoto do PMDB que criando divergências no seu partido, assume o cargo de Secretário de Estadual de Educação. Antonio Faleiros assume a pasta da Saúde, o deputado federal Vilmar Rocha (DEM) torna-se chefe da Casa Civil, o deputado estadual Henrique Arantes (PTB) foi empossado na Secretaria de Cidadania e Trabalho e o Dep. Federal Armando Vergilio (PMN) na Secretaria de Cidades, já a Secretaria da Fazenda fica com Simão Cirineu Dias (PSDB) indicado pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Além do vice-governador que assume a presidência da Celg, ainda farão parte do governo Marconi, Gilvane Felipe (PPS) que assume a presidência da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel) e Carlos Maranhão foi empossado como diretor da Metrobus.

Da redação local, com agências,

Eliz Brandão