Stiglitz sugere que EUA e União Europeia sigam exemplo da China
O ex-economista-chefe do Banco Mundial e prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz acredita que tanto a União Europeia (UE) como os Estados Unidos precisam de um relançamento econômico em vez de manterem uma via de austeridade, que atrasará a saída da crise.
Publicado 05/01/2011 19:01
O caminho a ser seguido é o escolhido pela China, garantiu o economista em entrevista publicada nesta quarta-feira (5) pelo jornal “Libération”, na qual ressalta que “Pequim fez um plano de relançamento embora a China tivesse sido menos afetada pela crise que os países ricos”.
“Resultado: o país se transformará na primeira economia mundial antes do previsto”, diz o economista, que sustenta que “é preciso injetar fundos em educação, saúde, pesquisa e infra-estruturas”.
Esse é o caminho que deve ser seguido pela UE, no lugar da “via da austeridade que vai atrasar a saída da crise, debilitar os elos mais vulneráveis da zona do euro e da União Europeia”, acrescenta Stiglitz, que participará na quinta-feira no fórum “Novo mundo, novo capitalismo”, organizado em Paris pelo Governo francês.
Segundo o economista, o caminho para ajudar à UE a sair da crise passa também por melhorar o fundo de estabilidade criado por Bruxelas. EFE.
Diferentemente da China, os EUA e as velhas potências europeias despejaram trilhões de euros e dólares na economia não para reativar a produção e combater o desemprego, mas para resgatar o sistema financeiro da falência. Com a explosão do déficit, a conta foi apresentada à classe trabalhadora através de programas amargos de ajuste fiscal, centrado na redução de salários e direitos. Como resposta, estão colhendo grandes manifestações de protestos e greves gerais.
Com agências