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Bolívia saúda intenção brasileira de apoiar luta antidrogas

O presidente boliviano, Evo Morales, saudou na quarta-feira (05) a intenção da presidente Dilma Rousseff de apoiar economicamente a luta contra o narcotráfico em países como Bolívia e Paraguai. O ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, anunciou na terça-feira (04) a disposição do governo de Dilma de ajudar a financiar a luta antidrogas de seus vizinhos, como Bolívia e Paraguai, locais por onde a droga entra no Brasil.

"Saúdo as últimas palavras do novo ministro do Brasil que quer ajudar, que quer subsidiar, algo assim, a luta contra o narcotráfico", afirmou Morales durante a inauguração de escritórios antidrogas em La Paz. O presidente da Bolívia acrescentou que "o que o povo boliviano precisa é de um equipamento com certa tecnologia na luta contra o narcotráfico".

Funcionários de Bolívia e Brasil já trabalham elaborando o formato dessa ajuda, disse o vice-ministro da Defesa Social da Bolívia, Felipe Cáceres. "Até o fim do mês ou da primeira quinzena de fevereiro, no nível das embaixadas, vamos fazer as apresentações à nova presidente do Brasil (Dilma Rousseff) da proposta de acordo", explicou Cáceres.

O Brasil se tornou o principal aliado da Bolívia na luta contra o narcotráfico desde que, no fim de 2008, Morales suspendeu as atividades, no seu país, da agência antidrogas DEA, dos EUA, que fornecia tecnologia, informações de inteligência e recursos para o combate ao tráfico de drogas. O boliviano acusou a agência de espionagem e conspiração contra o governo.

Segundo ele, o órgão apoiou economicamente o golpe civil contra seu governo, referindo-se ao enfrentamento com as províncias ricas do sul do país que pretendiam a autonomia administrativa.

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou a doação de seis helicópteros à Bolívia, cuja autorização final tramita no Congresso brasileiro. No encontro com correspondentes ontem, Morales reiterou que "a liderança do Brasil é importante na luta contra o narcotráfico".

A Bolívia compartilha uma fronteira comum de 3.133 km com o Brasil, desde a hidrovia Paraná-Paraguai até a Amazônia. Nesta trajetória, muitas cidades limítrofes são pontos de tráfico de cocaína e armas.  O Brasil não anunciou a data e o montante de dinheiro que facilitará aos seus vizinhos bolivianos e paraguaios

Com agências