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Governo diz que Portugal não precisa de “socorro” do FMI, mas…

O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, afirmou nesta segunda-feira (10) que seu país pão carece do “socorro” financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). A negativa lembra declarações do governo irlandês poucos dias antes de fechar um acordo com o fundo.

Sócrates reagiu a reportagens divulgadas em países europeus no fim de semana informando que a França e a Alemanha estão pedindo que os portugueses se candidatem à ajuda da zona do euro.

Eleição presidencial

No domingo (9) a revista alemã Spiegel veiculou um artigo relatando que França e Alemanha temem que Portugal perca em breve sua capacidade de levantar recursos nos mercados financeiros e que, por esta razão, poderiam pressionar Lisboa a buscar um acordo com o FMI. Existe o temor de que, na sequencia, a crise da dívida, que ameaça o euro, possa afetar a Espanha e a Bélgica.

Cair nas garras do FMI tem um impacto real e simbólico altamente negativo para Portugal, o que explica a relutância do governo em admitir a possibilidade do “socorro”. O país terá eleições presidenciais no dia 23 de janeiro e avalia-se que no momento qualquer negociação com o órgão, que representa os interesses da banca internacional e das grandes potências, servirá à campanha da oposição. O ajuste fiscal que o governo está promovendo já despertou forte revolta na classe trabalhadora, que realizou em novembro uma das maiores greves gerais da história do país.

OCDE

Os indicadores mensais do relatório da Organização para a Coordenação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a atividade econômica de seus membros refletem a queda das perspectivas de Portugal e Espanha, assim como o aumento da expansão econômica para os principais países-membros.

Para Portugal, o indicador de novembro, que antecipa o comportamento da atividade econômica, caiu 31 centésimos atingindo os 100,86 pontos. No caso da Espanha, a queda deste indicador, a sexta mensal consecutiva, foi de 24 centésimos, até 102,56 pontos.

A França teve alta de 24 centésimos somando 102,32 pontos, enquanto Irlanda subiu 39 centésimos com 102,12 e Alemanha subiu 2 décimos alcançando 104,92 pontos. A OCDE registrou um aumento de 26 centésimos nos Estados Unidos, até 102,85 pontos, e de 49 centésimos do México, que subiu até 103,49 pontos.

No lado negativo, o Brasil desceu 36 centésimos, até 98,63 pontos junto com a Turquia que caiu 30 centésimos até 101,80 pontos e Coreia do Sul, 32 centésimas até 101,06 pontos. O indicador da China avançou 31 centésimos, até 101,32 pontos; o da África do Sul 55 centésimos, até 102,74 pontos; e o da Rússia 80 centésimos, até 105,28 pontos. EFE

Com agências