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Comitê discute projeto do Memorial da Anistia

O projeto de construção do Memorial da Anistia, espaço que reunirá arquivos do período da ditadura no Brasil, previsto para ser inaugurado em 2012, em Belo Horizonte, foi discutido nesta segunda-feira (10) em reunião na sede do Arquivo Nacional.

O encontro foi promovido pelo Comitê Curador, comissão responsável por decidir o conteúdo do memorial e os mapas museográficos das instalações.

Segundo o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, um convênio foi firmado pelo Ministério da Justiça com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a prefeitura de Belo Horizonte e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a execução do projeto.

Por não ser possível ainda detalhar como será o museu, Abrão acredita que o importante é entender o conceito.

“O Memorial da Anistia tem uma tripla dimensão. Será um espaço de reparação, de memória e consciência. De reparação, porque um sítio público para homenagear os que lutaram, por si só, constitui em um ato de reparação oficial do Estado. Ao mesmo tempo, é um espaço de memória porque temos a perspectiva de deixar assentado um espaço que registre a época do autoritarismo. Mas também um espaço de consciência para que, a partir da inauguração do memorial, ele possa se tornar um centro de formação em defesa dos direitos humanos e dos valores democráticos para a juventude”, explicou.

Segundo o comitê curador, a cada ano, chegam 3 mil novos documentos que seriam relativos à época da ditadura. Ao todo, 57 mil foram apreciados e cerca de 40 mil foram deferidos. Destes, 15 mil tiveram alguma reparação econômica.

Agência Brasil