Sem categoria

Ibovespa cai 2,55% na semana e tem o pior resultado em dois meses

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda nesta sexta-feira (21) pela quarta vez na semana. O Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) caiu 0,62%, aos 69.133,09 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,5 bilhões.

Na semana, a Bolsa acumulou perdas de 2,55%, o pior resultado em dois meses. Após três quedas consecutivas, a pontuação do Ibovespa voltou ao menor patamar de fechamento desde 29 de dezembro. Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,41%.

A cotação do dólar comercial fechou praticamente estável com ligeira alta de 0,06%, a R$ 1,673 na venda. No acumulado da semana, a moeda norte-americana teve queda de 0,71%.

Ibovespa

"Não vimos nenhum motivo específico para essa queda do Ibovespa. O que a gente viu é que setores de bancos e consumo estavam mais pesados, como já vem acontecendo há dois dias. Mas, em linhas gerais, a gente viu como um movimento de realização (de lucros)", disse Fernanda Camino, economista da corretora XP Investimentos, à agência de notícias Reuters.

Ações das administradoras de cartões Cielo (CIEL3) e Redecard (RDCD3) recuaram 2,66% e 2,1%, com a primeira caindo a R$ 12,46, o menor nível já registrado. A maior queda individual do índice, porém, coube às ações da OGX (OGXP3), com perda de 4,48%, a R$ 18,77.

O mercado tem reduzido exposição à petrolífera de Eike Batista desde a semana passada, quando a empresa divulgou que um poço na bacia de Santos não era viável comercialmente.

De acordo com um analista, que preferiu não ser identificado, os investidores também têm mostrado impaciência com a falta de notícias sobre a venda de participações nos blocos de exploração da petrolífera.

No lado positivo, as ações preferenciais (sem direito a voto) da Vale amenizaram a queda do Ibovespa, com alta de 0,75%, a R$ 52,51, e o maior volume do pregão. A maior valorização dentro do índice ficou para a Fibria, com ganho de 2,56%, a R$ 27,64.

Em segundo lugar em termo de volume, mas em queda, as ações preferenciais da Petrobras fecharam a R$ 27,05, com variação de 0,81%. A economista da XP Investimentos apontou a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quinta-feira, e a reunião do Federal Reserve, um dia antes, como os principais eventos a serem monitorados.

"Pode ter alguma volatilidade em torno da reunião do Fed", disse. "Também tem (que monitorar) a Europa, com a sua crise, e a China, com o temor de aumento de juros. Fora isso, tem os resultados corporativos."

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores da Europa encerraram em alta, depois que notícias de que a Espanha planeja estatizar os endividados bancos de poupança elevaram as ações do setor.

Resultados acima do esperado da norte-americana General Electric, atribuído aos contratos anunciados pelo presidente chinês Hu Jintao em Washington, também animaram o mercado.

Em Madri, a Bolsa avançou 1,81%. Em Paris, a alta foi de 1,33% e, em Londres, de 0,48%. O índice de Bolsas da Ásia encerra a semana com a pior performance em quase dois meses, com os investidores temerosos de que o aumento da inflação na região gere uma reação de política monetária, o que abateria o crescimento em países como China e Índia, motores da região.

Fonte: Uol