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Opção pela recessão derruba 5 ministros na Irlanda em 2 dias

A opção por adotar as políticas do FMI continua a provocar baixas no governos da Irlanda. Mais quatro ministros renunciaram a seus postos, um dia depois de o titular das Relações Exteriores do país anunciar sua renúncia, após uma fracassada tentativa de derrubar o primeiro-ministro Brian Cowen.

A saída de quatro ministros no fim da quarta-feira (19), logo após a demissão do ex-chanceler Micheal Martin, deixa o gabinete irlandês com menos de um quarto de seus membros.

Eleições em março

O jornal Irish Times afirmou que as últimas renúncias abriram o caminho para uma reformulação no gabinete, planejada pelo primeiro-ministro já de olho nas eleições gerais marcadas para março.

Trata-se de um novo desdobramento da crise política na Irlanda, em meio a duras críticas e manifestações populares pelo caminho escolhido pelo governo para lidar com a crise econômica.

Arrocho imposto pelo FMI

Diante da disparada da relação da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), provocada pelo dinheiro gasto na ajuda aos bancos (45 bilhões de euros), o governo aceitou a imposição de medida por parte da União Européia e do FMI, em troca de um empréstimo para pagar dívidas com instituições financeiras européias.

As medidas, tomadas a pretexto de realizar um duro ajuste fiscal, significam cortes de despesas públicas, arrocho de salários, supressão de direitos trabalhistas e aumento do desemprego, entre outras maldades que despertaram forte revolta na população e especialmente na classe trabalhadora.

Os ministros que se demitiram foram a da Saúde, Mary Harney, o da Justiça, Dermot Ahern, o do Transporte, Noel Dempsey, e o da Defesa, Tony Killeen.

Com agências