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Carnaval põe Brasil na rota de transmissões ao vivo do YouTube

O YouTube escolheu o Brasil para avançar em sua estratégia de transmissão de vídeos ao vivo em 2011. O portal fará a transmissão global e em tempo real dos desfiles dos trios elétricos do Carnaval de Salvador em 24 idiomas. A ideia é aproveitar o interesse crescente por vídeos on-line, que atraem 1,6 bilhão de usuários.

"A ideia dos vídeos on-line é levar paixão para onde o usuário está. O Carnaval hoje tem mais procura nas ferramentas de buscas do que a Copa do Mundo", diz Flavia Simon, gerente de marketing de produtos de consumo do YouTube no Brasil.

A atração principal da transmissão -em parceria com Nova Produções- será a cantora baiana Ivete Sangalo. Além da semana do evento, em março, o YouTube transmitirá o ensaio do show da cantora, em fevereiro.

O modelo de negócios também prevê compartilhamento de receitas de conteúdo com a gravadora, assim como ocorre com outras parcerias do gênero no mundo. "Elas abraçaram o modelo do YouTube como negócio. Hoje, 90% do uso do portal é para consumo de conteúdo relacionado a música", diz.

A estratégia de transmissão ao vivo também busca uma fatia do bilionário mercado de anúncios em vídeos on-line, que deve quintuplicar até 2014, chegando a US$ 11,3 bilhões. O número parece pequeno comparado aos valores da publicidade tradicional -que movimentou cerca de US$ 500 bilhões em 2010-, mas chama a atenção pelo rápido crescimento.

As empresas anunciantes entendem que a visibilidade da marca é turbinada à medida que é atrelada ao conteúdo. No caso do Carnaval, o potencial está não só durante o evento mas também no período de armazenagem dos vídeos, que ficarão numa biblioteca no YouTube.

Segundo Ana Paula Lentino, da consultoria Digipronto, boa parte dos clientes que já fazem campanhas publicitárias em ferramentas de busca já está migrando para o vídeo on-line. Com 2 bilhões de vídeos exibidos por dia, o YouTube é o favorito. Não à toa, o Google conseguiu duplicar as receitas do portal em 2010.

Empresas pagam até R$ 100 mil por uma campanha ao lado dos vídeos da primeira página do YouTube. Estimativas do banco de investimento Jefferies Company indicam que o portal pode faturar até US$ 4 bilhões em 2011 com anúncios.

Com Folha de S.Paulo