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Dilma abordará programas de transferência de renda em cúpula

Após retornar da Argentina, a presidente Dilma Rousseff começará a se preparar para a estreia, em duas semanas, de sua primeira cúpula internacional.

De 15 a 16 de fevereiro, Dilma vai ser uma das oradoras da 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru. O encontro debaterá desde questões que envolvem segurança alimentar, por causa da alta dos preços dos alimentos, até o desenvolvimento sustentável.

A Aspa ocorre no momento em que o Egito, a Tunísia e o Iêmen vivem momentos de tensão política, que todo o Mercosul fortalece a criação do Estado Palestino e que o Brasil quer incrementar o comércio multilateral não só na região, como também com parceiros considerados pouco tradicionais.

A alta do preço dos alimentos, a falta de água em países árabes e os problemas gerados por causa da desertificação deverão guiar grande parte das discussões. O Brasil ocupará lugar de destaque em decorrência dos programas sociais de transferência de renda. Outros países estrangeiros querem elevar a qualidade de vida dos mais pobres pondo em prática algumas medidas pontuais.

Dilma deve mencionar todos esses aspectos nas duas ocasiões em que discursará. Em um primeiro momento, a presidente falará para os empresários — sul-americanos e árabes. Em seguida, vai se dirigir aos 33 chefes de Estado e governo presentes ao evento. É a primeira vez que Dilma participa de uma reunião multilateral.

A Aspa foi criada em 2003, a partir de uma sugestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, árabes e sul-americanos buscam estreitar relações em várias áreas. Há sete subcomissões que tratam de temas como direitos humanos, capacitação profissional, economia e comércio, ciência e tecnologia, assuntos sociais, agricultura e meio ambiente.

Responsável pela organização brasileira da Aspa, o chefe do Departamento de Mecanismos Interregionais do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Gilberto Moura, afirmou que a evolução das relações entre os países da América Sul e os árabes é visível em vários setores.

“Houve uma aproximação total. Antes, havia até um desconhecimento de parte a parte, agora há um interesse mútuo em compartilhar e conhecer as realidades”.

Desta vez, os líderes políticos devem dar mais atenção às preocupações causadas por questões pontuais. No caso da crise política no Egito, na Tunísia e no Iêmen, mesmo que amenizada, deve ser aprovada uma declaração conjunta em defesa do ambiente democrático e do bem da população.

O caso da criação do Estado Palestino também deve merecer destaque em apoio à autonomia e defesa da região.

Fonte: Agência Brasil