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Conselho Mundial da Paz expressa apoio a povo do Egito

O Conselho Mundial da Paz divulgou nota, nesta quinta-feira (3), na qual saúda o povo egípcio e condena os ataques armados contra os manifestantes que há dez dias tomaram as ruas em um protesto até então pacífico contra o governo do presidente Hosni Mubarak . A entidade solicita a "suspensão imediata das provocações por parte da polícia ou da milícia armada dos partidários do antigo regime".

O conselho também destaca que os Estados Unidos e a União Europeia sempre apoiaram o governo do Egito e agora, após as manifestações populares, tentam instalar outro regime favorável a seus interesses. Leia abaixo a íntegra da nota:

Declaração do CMP em Solidariedade ao Povo Egípcio

O CMP sauda as massas do povo egípcio que há dez dias bravamente vêm fazendo manifestações – na Praça Tahrir, no Cairo e em outras cidades importantes do Egito – por seu direito de decidir seus destinos em um país livre e democrático, contra qualquer tipo de opressão e discutir o regime do seu país, com base nos interesses da classe trabalhadora e dos pobres.

Condenamos firmemente os recentes ataques armados contra aqueles que pacificamente protestam na Praça Tahrir, que já feriram centenas de pessoas e clamamos pela suspensão imediata das provocações por parte da polícia ou da milícia armada dos partidários do antigo regime.

O CMP denuncia os esforços dos EUA, da UE e outros que apoiaram todos estes anos os governos do Egito, e que agora tentam instalar um novo regime, amigável e com boa vontade para com os seus interesses.

A insurgência do povo egípcio é um "investimento" real e importante para as futuras lutas do povo egípcio, o que claro que a história está sendo escrita pelas massas, que podem impor a sua vontade, mesmo contra regimes poderosos e o apoio internacional que recebem.

Expressamos a solidariedade ao povo egípcio, amante da paz, e ao Comitê Egípcio de Paz e convocamos todos os membros e amigos do CMP a difundir as mensagens de apoio e solidariedade aos nossos parceiros egípcios.

O Secretariado do CMP, 3 de fevereiro de 2011