Conflito: Camboja não se retirará de território; Tailândia ameaça
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, disse na segunda-feira (7) que seu país não retirará a bandeira do Reino do Camboja do templo budista de Keo Sikha Kiri Svara, já que ele é parte do território nacional". Da mesma forma, o premiê sublinhou que o Camboja procurará resolver o conflito com a Tailândia por meios diplomáticos "ou militares".
Publicado 08/02/2011 18:06
"Se trata de um conflito armado de grande escala, ou também pode se considerar como uma guerra fornteiriça de pequena escala", disse Hun Sen, agregando que "o objetivo da parte tailandesa é muito claro, ocupar os 4,6 quilômetros quadrados do terreno ao redor do templo Preah Vihear, que eles reivindicam".
Conselho de Segurança
Na noite de domingo (6), o premiê do Camboja enviou uma carta ao presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, solicitando que convoque uma reunião urgente do órgão, destinada a deter o que chamou de agressão da Tailândia.
Na última segunda-feira (7), tropas dos dois países mantiveram uma troca de fogo às 8h10 (hora local) na região de Tasem, próxima à do templo de Preah Vihear. Foi o quinto enfrentamento entre os dois exércitos nos últimos quatro dias. As duas partes fizeram uso de armas pesadas, inclusive de foguetes, lançadores de morteiros e artilharia.
Os enfrentamentos provocaram graves danos ao templo Preah Vihear, segundo informaram relatórios divulgados pelo exército cambojano deslocado para a área fronteiriça.
A fronteira entre Tailândia e Camboja nunca foi completamente delimitada e o assunto sobre o templo Preah Vihear é uma disputa muito antiga.
O templo cambojano foi declarado em 7 de julho de 208 patrimônio da humanidade. Apenas uma semana depois, os dois países tiveram um conflito fronteiriço, porque Bangkok reivindicou a posse de 4,6 quilômetros quadrados de território ao lado do templo, provocando tensão ao redor da fronteira e enfrentamentos periódicos entre ambos os exércitos, que chegaram a produzir mortes entre ambos os lados.
Com informações da Xinhua