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Sem acordo, Belas Artes tem última sessão próxima quarta

O Cine Belas Artes vai mesmo fechar as portas. Os advogados do proprietário do imóvel, Flávio Maluf, acabaram de recusar a oferta de R$ 1 milhão de aluguel anual (R$ 85 mil por mês) feita pelos sócios Pandora e O2 Filmes.

O valor atual do aluguel, que já havia sido reajustado, era de R$ 63 mil. Os sócios do Belas Artes haviam conseguido um patrocinador e na segunda-feira aumentaram a oferta. O proprietário pede R$ 150 mil por mês.

A última sessão deve ocorrer na próxima quarta-feira. "Quero fazer algo para cima. Não tive tempo ainda para pensar em algo porque estava muito ansioso e com esperança de reverter a situação", diz o sócio André Sturm.

A última esperança é o processo de tombamento do Belas Artes, que está sendo analisado pelo conselho municipal de patrimônio histórico (Compresp). "Os advogados disseram que preferem enfrentar esse processo", disse Sturm.

Caso seja tombado pelo seu valor cultural, o prédio do Belas Artes fica proibido de receber outra atividade que não seja cinema. O tombamento não envolve nenhum tipo de gasto de dinheiro público.

Hoje, na Casa da Cidade, vai haver um debate sobre a situação do cinema. Será às 19h30, na Rua Rodésia, número 398, Vila Madalena. Estarão presentes Luis Fernando de Almeida, presidente do Istituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, Valter Pires, diretor do Departamento do Patrimônio Histórico, e Fernando Bandeira de Melo, presidente do Condephaat.

Fonte: O Estado de S.Paulo