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Política de quadros: cada vez mais presente nos desafios do PCdoB

"Depois de implantado o Departamento Nacional de Quadros, o desafio agora será o de estender pelos estados a gestão dos quadros intermediários, através da criação dos departamentos estaduais de quadros". É o que aponta Fabiana Costa, responsável pelo Departamento Nacional de Quadros do PCdoB neste artigo. 

Aula da Escola Nacional do PCdoB

“(…) preparar conscientemente e com ousadia a nova geração de quadros dirigentes do partido”
12º Congresso Nacional do PCdoB

Participei da aula sobre a Política de Quadros na Escola Nacional de Formação do PCdoB e tive uma dupla sensação: de que o tema é cada vez mais absorvido pelo coletivo partidário, mas ao mesmo tempo existem muitas dúvidas e incertezas de como traduzir para o nosso cotidiano partidário a gestão do nosso maior patrimônio: os quadros do PCdoB. Tentarei aqui compartilhar as iniciativas e ações previstas, considerando que o ano de 2011 será de intenso debate no partido, em função das conferências estaduais e municipais.

Desde o 12º Congresso Nacional do PCdoB, esse tema vem sendo apresentado em diversas ocasiões e atividades partidárias, mas ainda percebemos algumas dúvidas. O documento aprovado contém o arcabouço político e ideológico e as diretrizes para todo o partido, cuja implementação é fator central da política de estruturação partidária nos próximos anos.

Depois de implantado o Departamento Nacional de Quadros, o desafio agora será o de estender pelos estados a gestão dos quadros intermediários, através da criação dos departamentos estaduais de quadros, que terão como primeiro desafio pensar na nova composição das direções estaduais e municipais.

Assim, o partido precisa ficar atento para montar uma lista dos principais quadros nestes locais, e cadastrá-los na Rede Quadros, uma ferramenta importante na gestão dos quadros nacionais e intermediários. É necessário um amplo levantamento dos quadros, com a participação de todos os comitês municipais e as principais frentes de atuação partidária em cada local, no sentido de indicar nomes que possam vir a compor as novas direções, utilizando-se de métodos inovadores, consultivos e participativos, para a construção das propostas de nominatas das direções dos municipais e estaduais Cada vez mais se torna necessária a ampla participação do coletivo partidário na composição das novas direções.

Após o cadastramento, devemos dar a devida atenção à gestão desses quadros, no sentido de repassar as tarefas, realocá-los quando necessário e cuidar de sua formação permanente. Devemos também estar atentos aos quadros da juventude, mulheres, pós-graduandos, trabalhadores, da academia, entre tantas outras áreas e frentes partidárias, em especial àqueles que estão um pouco afastados do nosso cotidiano partidário. Precisamos também ficar atentos aos novos filiados ao partido, e garantir a sua devida alocação e, em especial, sua formação partidária.
A política de quadros deve ser aplicada permanentemente, de forma a potencializar e assegurar a governança partidária.

Entre os dias 15 e 17 de abril, realizaremos o 7º Encontro Nacional sobre Questão de Partido. Será o momento de reunirmos os 300 maiores municípios do país e debater com o conjunto partidário os desafios da Nova Política de Organização.

Os temas política de quadros e vida militante de base tornam-se dois pilares de grande importância e sustentação, no sentido de garantirmos um partido cada vez mais extenso, mas com uma forte raiz militante, e com quadros cada vez mais comprometidos com as nossas ideias.

Fabiana Costa é membro do Comitê Central do PCdoB e responsável pelo Departamento Nacional de Quadros