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Em dia tenso na Líbia, Itamaraty tenta retirar brasileiros

Diante da situação tensa em que se encontra a Líbia, o governo do Brasil, através de sua embaixada, está buscando a retirada de brasileiros do território. Para isso, aguarda autorização do presidente Muammar Khadafi. Um avião fretado deverá, em breve, retirar 170 pessoas que estão em Benghazi, uma das principais cidades do país e foco de boa parte dos protestos.

Líbia

O Itamaraty estima que há entre 500 e 600 brasileiros no país árabe, que há cerca de uma semana é palco de manifestações populares pela saída de Khadafi, no poder há 42 anos. Neste domingo, George Ney de Souza Fernandes, embaixador do Brasil na Líbia, pediu autorização das autoridades para a retirada dos brasileiros, mas ainda não obteve resposta. Além da autorização, os brasileiros precisam de vistos para deixar o país. O avião foi fretado pela construtora Queiroz Galvão, que atua na região, mas há também funcionários da Odebrecht e da Petrobras.

Incêndio

Nesta segunda-feira, a sede central do governo líbio e o prédio que abriga o Ministério da Justiça na capital líbia, Tripoli, foram incendiados por manifestantes, segundo informações da TV Al Jazeera. De acordo com o jornalista líbio Nezar Ahmed, as forças da ordem praticamente se retiraram da cidade e várias delegacias e outros prédios públicos também foram saqueados ou incendiados. Há rumores de que Khadafi teria deixado o país, o que estaria aumentando o clima de incerteza entre a população.

O jornalista também confirmou que neste domingo à noite houve manifestações com queima de fotografias do líder líbio no centro de Trípoli pouco depois do discurso de seu filho Seif el-Islan, e que os tiroteios prosseguiram.

Ahmed também assinalou que os habitantes da capital começaram a formar comitês em cada bairro para proteger bens públicos e privados e que graças a eles foi possível salvar o principal museu da cidade de uma tentativa de incêndio. Por outro lado, fontes de hospitais relataram à Al Jazeera que pelo menos 61 pessoas morreram nesta segunda-feira em Trípoli nos confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes.

Com agências