Jô acusa jornal e oposição de rejeitarem programas sociais

Durante sessão extraordinária (22) para votação das MPs que trancam a pauta na Câmara, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) registrou sua “absoluta indignação contra a matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo”, relativa ao Programa Segundo Tempo do Ministério dos Esportes.

A parlamentar frisou tratarem-se de “matérias requentadas" e que "foram exaustivamente explicadas no site do Ministério dos Esportes, considerando cada ponto e respondendo cada questão que o repórter nem sequer se deu ao trabalho de reproduzir”, acusou.

Para Jô Moraes, “matérias como essas, foram reproduzidas à exaustão por esses órgãos contra o Bolsa Família, contra diferentes projetos e programas sociais do Governo”. Razão de, antes de ter seu microfone desligado, também acusar a oposição na Casa de, ao rejeitar a MP 503/10, de não estar “fazendo uma oposição àquilo que interessa ao Brasil”. Segundo Jô Moraes, a oposição “está querendo dificultar todo o processo de construção de um projeto avançado de natureza social, inclusiva, que faz com que o Brasil avance”.

Obstrução

A oposição obstrui a votação de medidas provisórias, um delas, a MP 503/1- que ratifica o protocolo de intenções assinado entre a União, o estado do Rio de Janeiro e a capital fluminense para a criação da Autoridade Pública Olímpica (APO). Esta entidade coordenará as ações governamentais relacionadas à organização dos Jogos Olímpicos de 2016, na cidade do Rio de Janeiro.

Lideranças oposicionistas como Duarte Nogueira (PSDB/SP) e Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM/BA) se revezam na tribuna para criticar o que consideram um contrassenso. Ou seja, o governo limitar o valor do salário mínimo em R$ 545 e ao mesmo tempo criar uma estrutura como a Autoridade Pública Olímpica com soma considerável de recursos e quase 500 servidores contratados por um prazo de até três anos, com possível prorrogação.