Líbia centraliza atenção do Conselho de Direitos Humanos

A Líbia deve centralizar a atenção da primeira semana da 16º sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas, com contraste de posições entre o chamado Ocidente e países em via de desenvolvimento.

Espera-se a leitura do Relatório Anual da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, e é bastante provável um discurso do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Os Estados Unidos e seus aliados da União Européia (UE), em geral, são favoráveis à expulsão do CDH da Líbia, um dos 47 membros do organismo da ONU, mas falta o consenso e verifica-se oposição de outros estados.

Em uma declaração na sexta-feira passada, o embaixador de Cuba em Genebra, Rodolfo Reyes, pronunciou em nome de seu governo por uma solução pacífica e soberana da crise desatada na nação árabe.

"Desejamos que o povo libio consiga uma pronta solução pacífica e soberana à situação ali criada, sem nenhum tipo de ingerência nem intervenção estrangeira, garantindo-se a integridade da nação Líbia", disse Reyes.

A propósito de uma jornada especial realizada na sexta-feira, o diplomata argumentou o desacordo de Cuba com a inclusão na resolução 60/251 da cláusula de suspensão de associação de um Estado em dito organismo.

Constituiria um nefasto precedente para a cooperação em matéria de direitos humanos e ao mesmo tempo, abriria as portas para os que buscam legitimar o mecanismo de exclusão para utilizá-lo seletivamente contra aqueles que divergem de seus padrões, disse.

Cuba também recusou qualquer manobra que favoreça uma intervenção militar estrangeira na Líbia e reiterou um chamado à calma às autoridades desse país.

Por sua vez, o embaixador da China, Wang Qun, disse que diálogos internos são necessários para que se possa encontrar uma solução. Wang destacou que Pequim mantém a ideia de que ainda há muito o que discutir sobre a eventual suspensão da Líbia e que qualquer ação que se adote só constituiria um precedente.

A seguir os integrantes atuais do CDH e vigência de seus mandatos:

Angola (2013), Arábia Saudita (2012), Argentina (2011), Bahrein (2011), Bangladesh (2012), Bélgica (2012), Brasil (2011), Burkina Faso (2011), Camarão (2012), Chile (2011), China (2012), Cuba (2012), Djibouti (2012), Equador (2013) e Eslováquia (2011).

Ademais, Espanha (2013), Estados Unidos (2012), Rússia (2012), França (2011), Gabão (2011), Gana (2011), Guatemala (2013), Hungria (2012), Líbia (2013), Japão (2011), Jordânia (2012), Kirguistão (2012), Malásia (2013) e Maldivas (2013).

Completam o quadro, Mauricio (2012), Mauritânia (2013), México (2012), Nigéria (2012), Noruega (2012), Paquistão (2011), Polônia (2013), Catar (2013), Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (2011), Coréia do Sul (2011), República de Moldova (2013), Senegal (2012), Suíça (2013), Tailândia (2013), Ucrânia (2011), Uganda (2013), Uruguai (2012) e Zambia.

Fonte: Prensa Latina