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BNDES: Brasil receberá R$ 3,3 trilhões em investimentos até 2014

O investimento, em alta, será a principal locomotiva para o crescimento econômico do país nos próximos anos, segundo prevê o BNDES. Um estudo do banco estatal de fomento, a ser divulgado nesta segunda-feira (28), mapeou investimentos que somarão R$ 1,6 trilhão entre 2011 e 2014.

Isso equivale a uma alta de 62,5% sobre o que foi investido nestes setores pesquisados no período entre 2006 e 2009, que somou R$ 978 bilhões. Como o levantamento é parcial – abrange 60% dos setores industriais, 95% da infraestrutura e 42% da construção civil, representando 48% dos investimentos do país –, o banco estima que nos próximos quatro anos o investimento total no Brasil somará R$ 3,3 trilhões.

Esse volume deve fazer com que a taxa de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país), atualmente na casa dos 19%, suba para 22,4% em 2014. Caso estes números se confirmem, o investimento ocupará, de certa maneira, o espaço que foi das exportações no começo da gestão Lula e do aumento do consumo interno nos últimos anos como principal indutor do crescimento econômico.

Enquanto os investimentos crescerão na casa dos 10% ao ano, o consumo das famílias deve se expandir na casa dos 4% nos próximos anos. Com isso, o país deverá crescer 5,8% ao ano na média entre 2010 e 2015, ante 3,5% da média mundial.

“Na margem, podemos dizer que o investimento puxará o crescimento – embora, claro, a expansão do consumo das famílias será muito importante. O fato importante é que, depois de 25 anos, teremos novamente a possibilidade de crescer de 30% a 40% acima da média mundial”, afirma Ernani Teixeira Torres Filho, superintendente da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES.

O levantamento do BNDES leva em conta não apenas os investimentos financiados pelo banco, mas informações de diversos setores. Economistas da instituição fazem um filtro sobre investimentos anunciados e os que realmente têm chance de sair do papel, com base na experiência da instituição e dados de mercado.

Neste levantamento, o BNDES incluiu setores na análise, como a indústria têxtil e o impacto da construção civil, e fez a estimativa para os setores que não entraram na pesquisa, devido à dificuldade de colher informações. Foi o caso do setor de alimentos e bebidas e da construção civil individualizada.

Da Redação, com informações do O Globo