Estudantes da Fateci criam DCE Bergson Gurjão
Estudantes da Faculdade de Tecnologia Intensiva criaram, através de assembleia geral dos estudantes, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) Bergson Gurjão Farias, ex-guerrilheiro cearense assassinado em combate no Araguaia.
Publicado 04/04/2011 11:26 | Editado 04/03/2020 16:31
Segundo Fhillipe Antônio, eleito presidente do DCE, já existiam alguns Centros Acadêmicos na Faculdade e crescia a necessidade de reunir estes centros que reivindicam pelos estudantes e qualidade na educação. “Com o tempo, aumentou a vontade de institucionalizar o movimento estudantil na Fateci. A criação do DCE foi uma necessidade”, avalia.
A escolha do nome foi indicação da primeira presidência do DCE. “Bergson Gurjão apareceu como uma forma de homenagear um estudante que tornou-se um símbolo pela luta no Brasil. Apresentamos sua biografia e a assembleia aprovou a sugestão. Muitos estudantes não conheciam a trajetória de Bergson e concordaram em batizar o DCE com seu nome pela sua história”, afirma Fhillipe.
O DCE foi criado na última semana, dia 29 de março, através de assembleia geral dos estudantes da Fateci. A expectativa é de, já nesta semana, registrar oficialmente em cartório o novo diretório central dos estudantes.
A Fateci reúne os cursos de Gestão de Negócios Imobiliários, Gastronomia, Gestão Hospitalar, Radiologia, Biomedicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Psicologia além de cursos de pós-graduação e extensão.
Mais sobre Bergson Gurjão
Bergson era estudante de Química na Universidade Federal do Ceará (UFC), vice-presidente do DCE eleito em 1968. Foi preso no Congresso da UNE em Ibiúna e, em 1968, excluído da universidade com base no Decreto-lei 477.
Em 1968, no Ceará, foi gravemente ferido na cabeça quando participava de manifestação estudantil na Praça José de Alencar. Em 1969, foi residir na região de Caianos, onde continuou suas atividades políticas. Em 08 de maio de 1972, foi ferido e morto em combate nas selvas do Araguaia.
Seus restos mortais foram identificados em julho de 2009. Em outubro do mesmo ano, sua família pode, após 37 anos de esperança e luta, sepultar em Fortaleza seu ente querido.
De Fortaleza,
Carolina Campos