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Trem-bala divide PDSB em “alckmistas”, “aecistas” e “serristas”

No momento em que os tucanos pretendem demonstrar unidade sob a liderança do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o partido não conseguiu unificar um discurso contrário ao projeto que cria o trem-bala — cujo texto-base foi aprovado terça-feira (5) na Câmara dos Deputados. A atuação dos tucanos no plenário refletiu as divergências internas entre "alckmistas", "serristas" e "aecistas".

O governo derrubou quase todos os destaques da oposição. Só passou o que o obriga o Ministério da Fazenda a enviar uma espécie de prestação de contas semestral do TAV para o Congresso analisar.

Oriundos do estado mais beneficiado pelo trem-bala  (haverá estações nas duas principais cidades, São Paulo e Campinas), os paulistas defenderam o projeto, com ressalvas à engenharia financeira, seguindo orientação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Já os tucanos de Minas — que está fora do trajeto do trem-bala — posicionaram-se com mais força contra o projeto.

O receio, já manifestado por Aécio, é de que haja um desequilíbrio nos investimentos federais em transportes em favor de São Paulo. Esse discurso, que enfoca a defesa da Federação, busca atrair o apoio das demais bancadas estaduais.

"Não temos infraestrutura aeroportuária, rodoviária ou ferroviária que permita aos brasileiros se locomoverem com dignidade pelos muitos caminhos do país", disse Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).

A posição mais marcadamente contrária ao projeto veio do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), um dos mais fiéis defensores do ex-governador José Serra. "Esse projeto é um acinte à inteligência do brasileiro".

Da Redação, com informações do Valor Econômico