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PCdoB quer ampliar discussão sobre competitividade da indústria

A proposta da bancada do PCdoB na Câmara de promover um seminário para discutir a perda da competitividade da indústria brasileira no mercado internacional recebeu o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Presidente da CNI, Robson Braga, recebeu, nesta quarta-feira (6), membros da bancada do Partido, na sede da entidade, em Brasília.

PCdoB quer ampliar discussão sobre competitividade da indústria - CNI

Na próxima sexta-feira (15), os parlamentares do PCdoB farão visita semelhante à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo. O propósito é angariar apoio dos trabalhadores para a discussão do tema da perda da competitividade externa do Brasil.

Segundo o líder do PCdoB na Câmara, deputado Osmar Júnior (PI), o objetivo é reunir representantes da indústria, dos trabalhadores, do governo federal e de especialistas para debater o tema. O evento, que será realizada na Câmara dos Deputados, ainda não tem data definida.

O PCdoB está preocupado com a substituição de produtos industrias produzidos internamente por importados decorrentes da perda de competitividade da indústria brasileira frente ao mundo. Essa substituição vem trazendo consequências negativas como a ameaça concreta de desindustrialização, com reflexos no emprego e no balanço de pagamentos. E considera fundamental administrar as flutuações de câmbio com a finalidade de alcançar uma taxa capaz de evitar o crescimento da chamada desindustrialização.

Mais imposto

Esta semana, o governo anunciou a decisão de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para 6%, sobre a captação de empréstimos externos, com o objetivo de reduzir o ingresso de dólares de curto prazo no Brasil e evitar a valorização excessiva do real. Os bancos e as empresas que pegarem dinheiro emprestado no exterior por menos de dois anos pagarão mais IOF. O prazo dos empréstimo onerados pelo IOF vem crescendo juntamente com a alíquota, inicialmente o IOF era 5,38% e incidia para empréstimos externos tomados por 90 dias, depois estendido para até 360 dias, prazo que agora foi dilatado para dois anos.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida não afeta investimentos na produção, pois são operações de prazo mais longo. A medida torna menos lucrativo aproveitar a diferença de juros entre o Brasil e os países desenvolvidos para trazer dólares.

O ministro informou que as decisões são tomadas aos poucos, com o cuidado de não interferir demais na economia. “Tomo a medida e vejo o resultado, pois não queremos comprometer investimento para que a economia não tenha retração”, afirmou.

Mantega avaliou que há uma excessiva liquidez de crédito no mercado internacional por causa das políticas expansivas que veem sendo adotadas pelos Estados Unidos e Europa. “Está sobrando crédito barato”, avalia.

De Brasília
Márcia Xavier
Com agências