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Reservas chinesas atingem marca de US$ 3 trilhões

O controle sobre a cotação de sua moeda, o yuan, levou a China a atingir a marca de US$ 3 trilhões de reservas internacionais em março. O valor é de longe a maior reserva em moeda estrangeira nas mãos de um país.

A segunda maior reserva internacional é a do Japão, de US$ 1 trilhão. O Brasil aparece em quarto lugar nesse ranking de maiores detentores de moeda estrangeira, com pouco mais de US$ 300 bilhões.

Para garantir que o yuan se mantenha desvalorizado, a China compra o excesso de dólares no mercado, vindo do lucro dos exportadores chineses e dos investimentos estrangeiros. Esse dinheiro compõe as reservas em moeda estrangeira do país.

A estratégia cambial chinesa é alvo de críticas internacionais, lideradas pelos Estados Unidos, porque garante que as exportações do gigante asiático sejam mais competitivas.

Por outro lado, a maior parte do dinheiro acumulado pela China em dólares é investido nos títulos da dívida dos Estados Unidos, financiando o déficit público americano.

Segundo o Banco Central da China, o volume de reserva internacional cresceu 24,4% no último ano. Mostra que a China vem descumprindo o compromisso assumido em junho do ano passado de dar alguma flexibilidade ao yuan. Desde junho, a cotação do yuan subiu 4,5%.

A marca dos US$ 3 trilhões de reservas dará munição para que os países do G20, na reunião desta sexta-feira (15) em Washington, elevem o tom das críticas sobre a China.

Analistas acreditam que o país asiático possa deixar a moeda se valorizar um pouco para tentar controlar a inflação, que chegou a 5,4% em um ano até março. Até fevereiro, a inflação chinesa estava acumulada em 4,9%.
Se a cotação do yuan subir, as importações de petróleo e alimentos ficarão mais baratas, aliviando a inflação.

Autoridades chinesas descartam, porém, uma valorização rápida, sob o argumento de que iria prejudicar as empresas e custar empregos.

Fonte: Folha de S.Paulo