Bairros do Rio têm mortalidade infantil acima da média nacional
A taxa nacional de mortalidade infantil em crianças com menos de 1 ano teve uma redução de 30%, de 2000 a 2009, tendo passado de 21,2 óbitos por mil nascidos vivos para 14,8 óbitos, em 2009. No entanto, em algumas regiões da cidade do Rio, o indicador chega a superar o resultado do Brasil de 10 anos atrás: Centro, com 23,4/mil; Santa Teresa, com 24,07/mil; e Jacarezinho, com 25,56/mil.
Publicado 20/04/2011 18:50 | Editado 04/03/2020 17:04
Os dados são do 3° relatório Um Brasil para as Crianças e Adolescentes, da Fundação Abrinq. No município do Rio, dados do Sistema de Indicadores do Rio Como Vamos mostram que a mortalidade infantil em 2009 foi de 13,56/mil, pouco abaixo da média nacional.
Na série histórica, o trabalho da Fundação Abrinq-Save the Children mostra que também na faixa etária até 5 anos houve redução no número de óbitos, neste caso de 29,7%, com 24,7 mortes por mil nascidos vivos em 2000, caindo para 17,4/mil em 2009. Na cidade do Rio o indicador também ficou pouco abaixo da média nacional em 2009, como mostra o Sistema de Indicadores do RCV: 15,9/mil. Mais uma vez Jacarezinho, Centro e Santa Teresa ficaram com os três piores indicadores, muito acima do resultado da cidade: 28,75/mil, 27,66/mil e 24,07/mil, respectivamente. Na série histórica do indicador, apesar de ter havido melhora na média da cidade de 2008 para 2009, em Jacarezinho, Centro e Santa Teresa a situação piorou de um ano a outro.
A mortalidade de menores de 5 anos é apontada pela Organização Mundial da Saúde como um indicador de grande relevância. À medida que a mortalidade infantil (até 12 meses) decai em razão da melhoria do atendimento à gestante e à atenção no primeiro ano de vida, a mortalidade até 5 anos capta com maior precisão condições de vida, saúde e higiene adversas, servindo como indicador geral de desenvolvimento social.
Para o Brasil se adequar às metas do documento “Um Mundo para as Crianças”, assumido pelo país em 2002 na Assembléia Geral da ONU, seria necessário que a redução dos indicadores tivesse alcançado percentual de 66%.