Bornhausen se divide entre fusão DEM-PSDB e partido de Kassab
O ex-deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), atual secretário catarinense de Desenvolvimento Econômico Sustentável, ainda não tem certeza sobre seu futuro partidário. Especula-se que ele e seu pai, o ex-senador e ex-presidente do PFL, Jorge Bornhausen, podem deixar o DEM e se filiar ao PSD, legenda recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Publicado 26/04/2011 10:22
Em entrevista ao Poder Online, Paulo Bornhausen diz que seguirá “o comando do governador” de seu estado, Raimundo Colombo, também filiado ao DEM, mas de malas prontas ao PSD. Mas o secretário ressalva que o grupo ainda insistirá na fusão dos “demos” com o PSDB.
Principal governador do DEM, Colombo também defende a fusão do seu partido com o PSDB – ou que o partido trabalhe efetivamente junto aos tucanos para fortalecer a oposição. Colombo se deu um prazo até junho para definir seu destino político. O governador tem sido pressionado por seus principais aliados no estado a liderar um movimento de êxodo rumo ao PSD kassabista.
Poder Online: Afinal, o senhor e seu pai vão para o PSD do prefeito Gilberto Kassab?
Paulo Bornhausen: Estamos aguardando a orientação do governador Raimundo Colombo. Sou um liderado do governador. E ele tem discutido com os tucanos a possibilidade de fusão entre o DEM e o PSDB. Na quarta-feira, haverá uma conversa entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Alckmin e o ex-governador José Serra, no sentido de se tentar uma decisão mais rápida sobre se haverá ou não a fusão.
Poder Online: Pelo que se vê no noticiário, tudo indica que não haverá esta fusão…
Bornhausen: Não vejo assim. Ainda há possibilidade. Tudo depende de se convencer o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves. Creio que se o Aécio concordar, seus aliados no DEM acabam concordando com a fusão.
Poder Online: Mas e se o PSDB não decidir?
Bornhausen: O PSDB tem de tomar uma decisão rápida, porque senão corre o risco de perder o protagonismo que exerce nas oposições. Afinal, são eles que têm, até agora, os principais nomes para as eleições presidenciais de 2014. Se não tomarem uma decisão, correm o risco de ficar com aliados apenas entre aqueles que não têm votos e, portanto, não têm para onde ir.
Poder Online: O senhor disse isto ao governador Geraldo Alckmin em Comandatuda?
Bornhausen: Disse sim. Ele se mostrou simpático. Pareceu concordar. Mas não transpareceu estar decidido.
Poder Online: E a ida de vocês para o PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab?
Bornhausen: Pois é. Nossa opção principal é ficar no partido e fundir com o PSDB. Mas o prefeito Kassab de fato tem sido muito simpático. Ele também procurou o governador Raimundo Colombo. É como eu disse: somos liderados pelo governador aqui em Santa Catarina.
Poder Online: Então?
Bornhausen: Então vamos acompanhar a decisão do governador. É o que posso dizer por enquanto.
Da Redação, com Poder Online e agências