Sem categoria

Bornhausen se divide entre fusão DEM-PSDB e partido de Kassab

O ex-deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), atual secretário catarinense de Desenvolvimento Econômico Sustentável, ainda não tem certeza sobre seu futuro partidário. Especula-se que ele e seu pai, o ex-senador e ex-presidente do PFL, Jorge Bornhausen, podem deixar o DEM e se filiar ao PSD, legenda recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Em entrevista ao Poder Online, Paulo Bornhausen diz que seguirá “o comando do governador” de seu estado, Raimundo Colombo, também filiado ao DEM, mas de malas prontas ao PSD. Mas o secretário ressalva que o grupo ainda insistirá na fusão dos “demos” com o PSDB.

Principal governador do DEM, Colombo também defende a fusão do seu partido com o PSDB – ou que o partido trabalhe efetivamente junto aos tucanos para fortalecer a oposição. Colombo se deu um prazo até junho para definir seu destino político. O governador tem sido pressionado por seus principais aliados no estado a liderar um movimento de êxodo rumo ao PSD kassabista.

Poder Online: Afinal, o senhor e seu pai vão para o PSD do prefeito Gilberto Kassab?
Paulo Bornhausen: Estamos aguardando a orientação do governador Raimundo Colombo. Sou um liderado do governador. E ele tem discutido com os tucanos a possibilidade de fusão entre o DEM e o PSDB. Na quarta-feira, haverá uma conversa entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Alckmin e o ex-governador José Serra, no sentido de se tentar uma decisão mais rápida sobre se haverá ou não a fusão.

Poder Online: Pelo que se vê no noticiário, tudo indica que não haverá esta fusão…
Bornhausen: Não vejo assim. Ainda há possibilidade. Tudo depende de se convencer o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves. Creio que se o Aécio concordar, seus aliados no DEM acabam concordando com a fusão.

Poder Online: Mas e se o PSDB não decidir?
Bornhausen: O PSDB tem de tomar uma decisão rápida, porque senão corre o risco de perder o protagonismo que exerce nas oposições. Afinal, são eles que têm, até agora, os principais nomes para as eleições presidenciais de 2014. Se não tomarem uma decisão, correm o risco de ficar com aliados apenas entre aqueles que não têm votos e, portanto, não têm para onde ir.

Poder Online: O senhor disse isto ao governador Geraldo Alckmin em Comandatuda?
Bornhausen: Disse sim. Ele se mostrou simpático. Pareceu concordar. Mas não transpareceu estar decidido.

Poder Online: E a ida de vocês para o PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab?
Bornhausen: Pois é. Nossa opção principal é ficar no partido e fundir com o PSDB. Mas o prefeito Kassab de fato tem sido muito simpático. Ele também procurou o governador Raimundo Colombo. É como eu disse: somos liderados pelo governador aqui em Santa Catarina.

Poder Online: Então?
Bornhausen: Então vamos acompanhar a decisão do governador. É o que posso dizer por enquanto.

Da Redação, com Poder Online e agências