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Academia de ciências quer avanços no ensino e em pesquisas

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) realizou nesta segunda-feira (2) reunião anual e, de acordo com o presidente da entidade, Jacob Palis, a comunidade científica pedirá ao governo avanços nos investimentos para pesquisa.

Palis afirma estar confiante na promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff de aumentar as verbas para pesquisas e inovação na indústria. “Creio que ela vai cumprir, precisamos dobrar os investimentos em relação ao Produto Interno Bruto [PIB]”, disse. Atualmente, 1,3% do PIB brasileiro é dedicado ao setor. Para o presidente da ABC, será necessário que, até 2020, 2% do PIB seja empregado em Ciência e Tecnologia.

“Em termos de citação média dos nossos artigos científicos, até 2008, estávamos à frente dos outros países do Bric (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Mas somos ameaçados pela Índia e a China, que estão fazendo investimentos muito fortes na área”, analisa Palis.

O presidente da ABC defende ainda a melhoria do ensino brasileiro de ciências, nos níveis fundamental e médio, tanto no regular, como no técnico. Palis aponta que o incremento do desenvolvimento tecnológico na indústria está atrelado à melhoria da educação, especialmente das disciplinas de ciências. “O Ministério da Educação está consciente disso”, enfatiza.

Pesquisadores estrangeiros

A ABC encaminhou projeto ao governo federal no qual pede que o País “abra as portas” para jovens pesquisadores de todo o mundo, em nível de pós-doutorado.“Acho que isso oxigenaria as nossas instituições de pesquisa. Está na hora de promovermos a imigração de cientistas”, destaca Palis.

Ainda de acordo com ele, os pesquisadores estrangeiros poderiam receber bolsas de estudo no de valor de R$ 7,5 mil por mês. “Com essa remuneração, competiríamos com a Europa inteira. Isso dá mais de 3 mil euros. E, lá fora, os novos cientistas estão ganhando em torno de 2 mil a 2,3 mil euros por mês”, calcula.

Fonte: Brasília Confidencial