Aumenta comercialização de material de construção em Cuba

O mandatário decidiu, segundo apontou o jornal cubano Granma, combater o déficit habitacional da ilha permitindo que seus cidadãos possam construir ou reformar as próprias residências. Segundo a publicação, a venda será "liberada", ou seja, não regulamentada pelo Estado.

Paralelamente, este ano deve começar a ser implementado um procedimento com o objetivo de ajudar as famílias com renda menor a solucionar seus problemas mais urgentes relacionados à habitação. O Granma detalha que, para cumprir este propósito, será levada em conta a análise sobre as situações particulares nos municípios.

Em vez de proporcionar materiais subsidiados a todos os cubanos por igual, serão concedidas facilidades, como créditos bancários ou subvenções monetárias para que a população tenha acesso aos materiais de construção pelo mesmo preço de venda. 

Dados oficiais apontam que o déficit de habitações afeta cerca de um milhão de pessoas, sendo que o país tem uma população de 11,2 milhões.

"Antes não podia nem pensar em arrumar ou aumentar minha casa", disse uma cubana o veículo. Segundo ela, era impossível mexer na estrutura da casa sem uma autorização prévia do Instituto da Habitação e a burocracia terminava inviabilizando a reforma.
 
O texto do Granma descreve que, muitas vezes, a necessidade de autorização terminou por facilitar casos decorrupção e o favoritismo de alguns "escolhidos" que nem sempre eram os mais necessitados.

Em 2010, o governo cubano autorizou 32 mil iniciativas de construção ou reforma de moradias, sendo que uma parte dos pedidos era referente a casas afetadas por um furacão que atingiu a ilha em 2008 e destruiu cerca de 200 mil casas.

Com agências