Sem categoria

Em artigo, Obama e Cameron defendem agressão à Líbia

Com o pretexto de apoiar os que no mundo árabe e no Oriente Médio "aspiram à liberdade frente à repressão", o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, defenderam a agressão imperialista à Líbia, em artigo conjunto no diário britânico The Times.

Numa tentativa de explicar as razões pelas quais seus países estão empenhados numa guerra brutal contra a Líbia, Cameron e Obama escrevem: "mobilizamos a comunidade internacional para proteger o povo líbio do regime do coronel Kadafi. Golpeamos sua máquina de guerra e impedimos assim uma catástrofe humana".

Numa demonstração de que não querem suportar sozinhos o ônus dos crimes de lesa-humanidade que estão cometendo no Norte da África, os dois estadistas reconhecem que as ações militares no país norte-africano não são "uma carga que nossos países podem suportar sozinhos".

"Colaboraremos com outros aliados para que compartilhem conosco a carga e os custos (da operação líbia) e seguiremos apoiando o legítimo e crível (sic!) Conselho Nacional de Transição e seus esforços para preparar (o país) para uma transição democrática que inclua a todos".

Para confundir a opinião pública Obama e Cameron misturaram a Al Qaeda com o governo líbio. Escrevem que seus esforços comuns contra a Al-Qaeda e a missão conjunta na Líbia "são essenciais para o tipo de mundo que queremos construir". "A ideologia de Bin Laden não pegou. O regime de Kadafi representa o passado dessa região”.

O presidente Obama, que passou a noite na embaixada de seu país em Londres, começa nesta terça-feira sua visita oficial ao Reino Unido, a segunda etapa de sua viagem à Europa, que teve início na Irlanda, e durante a qual ficará no palácio de Buckingham como hóspede da rainha Elizabeth II.

Da Redação, com agências