“Manuel Zelaya volta a Honduras para ficar”, diz resistência
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltará ao país para ficar. A declaração é do subcoordenador da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), Juan Barahona, que assegurou também que os preparativos para recebê-lo no sábado estão em vias de finalização.
Publicado 26/05/2011 09:15
Segundo Barahona, ao contrário do que divulgam os meios de comunicação, a informação de que Zelaya sairia do país 24 horas depois de sua chegada é falsa. “Zelaya fará algumas saídas pessoais, que estão relacionadas com o tempo de um ano que passou exilado na República Dominicana ou sairá na posição de deputado do Parlamento da América Central”, explicou o subcoordenador.
A resistência se prepara para uma festa de boas vindas ao presidente e às demais autoridades que estiverem em sua companhia no Aeroporto Internacional de Toncontín. A comemoração popular ocorrerá por volta das 11h da manhã, do próximo sábado (28), na praça Isy Obed Murillo.
O presidente voltará acompanhado de seus ex-funcionários, como a ex-chanceler Patrícia Rodas, o ex-ministro da Presidência, Enrique Flores, o ex-prefeito Rodolfo Padilla e o sacerdote salvadorenho Andrés Tamayo.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro e outros parlamentares latino-americanos mostraram interesse em acompanhá-lo em seu regresso. Lideranças da FNRP se reuniram com autoridades policiais para pedir que as ruas próximas ao aeroporto ficassem livres para a mobilização popular programada para o dia da volta do presidente exilado.
Segundo informações, foi solicitado ainda que os veículos de comunicação tivessem acesso facilitado para a cobertura das mobilizações. Um helicóptero para filmar a chegada de Zelaya também será disponibilizado.
Zelaya foi deposto por um golpe de Estado em 28 de junho de 2009 e retornará quase dois anos depois de ter sido seqüestrado por militares e levado à força para a Costa Rica. Sua volta a Honduras foi possível por meio do Acordo de Reconciliação Nacional, firmado no domingo passado pelo atual presidente Porfírio Lobo – que contou com a mediação da Venezuela e da Colômbia.
O compromisso entre os políticos também permitiu o retorno do país ao Sistema de Integração da América Central, ao Movimento de Países Não Alinhados e facilitou o caminho para a volta do país a Organização dos Estados Americanos.
Fonte: Prensa Latina