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Festa para 6 mil convidados marca filiação de Chalita ao PMDB

Seis meses depois da morte do ex-governador Orestes Quércia, o vice-presidente Michel Temer pensou em cada detalhe da festa de filiação do deputado Gabriel Chalita ao PMDB para que o ato marque o início de uma nova fase do partido em São Paulo. Como anfitrião, Temer chegará neste sábado (4) à festa pela entrada principal da Assembleia de São Paulo, contrariando a orientação da segurança da vice-presidência, que havia sugerido uma entrada alternativa para não causar tumulto.

O vice diz que faz questão de cumprimentar as personalidades políticas e os militantes que estarão no caminho até o plenário principal da Casa, o Juscelino Kubitschek, onde Chalita assinará a ficha de filiação. Como os 350 lugares do plenário serão insuficientes para os 6 mil convidados, o PMDB distribuirá pelos corredores 12 televisores LCD de 52 polegadas que transmitirão a cerimônia — com os seis aparelhos da Casa, serão 18 telas. Trabalharão no evento 200 pessoas para apoio, 80 seguranças e um efetivo da Polícia Militar.

Chalita chega em alta à sua nova sigla, tendo sido nomeado presidente do PMDB paulistano, após intervenção de Temer. De saída do PSB, Chalita foi convidado pelo próprio Temer para ingressar no PMDB e concorrer à Prefeitura em 2012, mas impôs como condição o controle da legenda na capital paulista. O presidente do PMDB paulistano, Bebeto Haddad, resistiu a abrir espaço e recorreu ao estatuto do partido para sustentar que a presidência só poderia ser ocupada por alguém com mais de seis meses de filiação.

Diante da resistência, Temer determinou a "autodissolução" do atual diretório municipal do PMDB e a formação de uma comissão provisória a ser nomeada pela direção estadual do partido. O grupo, do qual Haddad fará parte, será presidido por Chalita. Os dois se encontrariam em reunião nesta sexta-feira à noite para amarrar a escolha dos outros três nomes da comissão provisória.

No mês passado, Haddad foi nomeado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab secretário de Esportes. O prefeito pleiteava o apoio do PMDB ao seu projeto de sucessão. Chegou a cortejar o peemedebista Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, como opção na disputa.

Da Redação, com agências