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22 mortes: fazenda alemã não é origem de surto de E.coli

Testes iniciais constataram que os brotos de feijão, lentilha e ervilha produzidos em uma fazenda orgânica alemã não são a causa do surto de infecções por uma variante altamente tóxica do E.coli, afirmaram nesta segunda-feira (6) autoridades alemãs. A contaminação pela bactéria já provocou 22 mortes. Milhares de pessoas estão infectadas na Europa, mas nem todas manifestam transtornos severos.

"No momento, a fonte (da contaminação) não pode ser determinada. Das 40 mostras tomadas, 23 análises deram resultados negativos", afirma o ministério da Agricultura do estado da Baixa Saxônia (norte) em um comunicado. No entanto, o Ministério disse que as investigações não devem ser concluídas no curto prazo. Ainda restam alguns testes importantes a ser feitos antes de uma conclusão definitiva.

Os resultados contrariam a informação divulgada no domingo (5) de que a fazenda localizada em Ulzen, cerca de 100 km ao sul de Hamburgo, seria o epicentro do surto que deixou mais de 2 mil pessoas enfermas. "Enquanto temos indicações fortes e claras de que uma fazenda em Uelzen está envolvida (com o surto), temos que esperar os resultados oficiais de laboratório", havia dito o ministro alemão da Saúde, Daniel Bahr, no domingo.

Ministros da Saúde dos países da União Europeia se reúnem nesta segunda-feira (6) em Luxemburgo para discutir o surto.

A bactéria já matou 22 pessoas, 21 na Alemanha e uma na Suécia, e infectou cerca de outras 2 mil, na Alemanha e outros 12 países. A maioria dos afetados pelo surto está na Alemanha, com casos concentrados na cidade de Hamburgo.

Mais de 2.150 pessoas no país foram infectadas. O ministro federal da Saúde, Daniel Bahr, informou que os hospitais do norte da Alemanha estão superlotados devido ao surto, mas os funcionários estão fazendo "todo o que for necessário" para ajudar os pacientes.

Variação E.coli

A E.coli, que costuma habitar as entranhas de gado e ovelhas, em geral é inofensiva à saúde. Mas a variedade que está atacando a Europa, a EHEC, causa diarreia, cólicas estomacais severas e febre. Ela se prende às paredes do intestino, onde libera toxinas.

A maioria das vítimas se recupera após alguns dias de tratamento, mas um pequeno número de pacientes desenvolve uma síndrome potencialmente fatal, que ataca os sistemas renal e nervoso.

Cientistas afirmaram que a nova variante da E.coli é um híbrido agressivo, tóxico para humanos e que não estava ligado anteriormente à intoxicações alimentares.

A Espanha é o país mais afetado economicamente pelo episódio, com grande perdas registradas por produtores locais de pepino e outros legumes e verduras. O premiê José Luis Rodríguez Zapatero disse que seu país vai exigir reparações pelas perdas sofridas.

Fonte: Uol Notícias