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Segurança nas Américas é tema de sessão da OEA em El Salvador

A 41ª Assembleia Geral da Organização de Estados Americanos (OEA), que ocorrerá até a próxima terça-feira (7) terá como tema central dos debates "A segurança nas Américas". Na cerimônia de abertura, o presidente salvadorenho Mauricio Funes, depois de dar as boas-vindas às delegações, conclamou os países integrantes da organização a coordenar ações regionais para enfrentar a grave ameaça do crime organizado e do narcotráfico.

No mesmo sentido pronunciou-se o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, ao apresentar um relatório sobre as atividades do organismo desde sua última reunião, celebrada em junho de 2010 em Lima, Peru.

Funes assinalou a necessidade de articular estratégias regionais para enfrentar o que qualificou como um dos inimigos mais poderosos da estabilidade e do desenvolvimento: o crime organizado e o narcotráfico.

O presidente salvadorenho assinalou que está demonstrada a relação entre o tráfico de drogas, pessoas e armas, com o aumento exponencial das mortes violentas no continente, especialmente dos jovens.

Funes acrescentou que os grandes lucros do narcotráfico se obtêm dos consumidores nos países mais ricos, onde o crime organizado é mais poderoso.

O presidente afirmou que o rastro de delitos e criminalidade deixado pelo trânsito de substâncias ilegais de países produtores para consumidores representa um perigo maior para as nações com poucos recursos para fazer frente a esse flagelo.

Funes apresentou números divulgados pela ONU de 2008, que estimam de US$ 80 bilhões a US$ 100 bilhões os rendimentos pelo tráfico de cocaína, mais de cinco vezes o produto interno bruto de El Salvador e muito próximo ao de toda América Central.

Para Funes, a relevância desse número significa não só a grande desvantagem com que se enfrenta essa batalha mas o fato de que esse dinheiro se insere continuamente na economia mundial mediante lavagem.

Nesse sentido, Insulza reconheceu que enquanto existir a demanda, sempre haverá tráfico de drogas, ao que se soma – disse – o contrabando de armas do norte para o sul.

Funes afirmou que a batalha deve ser integral, pois o mapa do tráfico ilegal se serve do mapa da pobreza e da desigualdade.

As sessões da Assembleia Geral continuarão até terça-feira, quando ao final da tarde está programado o debate e aprovação da declaração final.

Fonte: Prensa Latina