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Luiz Sérgio não quer responder a boatos sobre saída do governo

O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio de Oliveira, disse nesta quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, que não pretende comentar as críticas que vêm recebendo de diversos setores da base aliada do governo. A saída do ministro já é admitida, inclusive, por lideranças do próprio PT.

"Na política, há momentos para falar — e há momentos em que o político fala muito — e há momentos para se calar. O meu momento é um momento de silêncio", declarou à Agência Brasil. Ele participou, na capital fluminense, de uma reunião promovida pelo Ministério do Planejamento sobre o próximo Plano Plurianual, para o período de 2012 a 2015.

Luiz Sergio considerou normal que os partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff reivindiquem uma participação maior no governo. “Isso é um processo natural, e se dá tanto por parte do PMDB, como se dá por parte do meu partido, o PT".

Segundo a imprensa, Dilma decidiu enfrentar o PT no Congresso e exigir que as bancadas parem de brigar antes de substituir o ministro das Relações Institucionais. Para a presidente, o partido que mais atrapalha a coordenação política é o próprio PT, hoje dividido em várias alas.

Numa conversa que teve nesta quarta-feira, 8, com o ministro das Relações Institucionais, Dilma o informou que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, empossada nesta quarta no lugar de Antonio Palocci, não cuidará da coordenação política. A própria presidente fará os contatos com os partidos.

Abandonado pelo PT, Luiz Sérgio reconheceu que não reunia mais apoio da bancada para se manter no cargo. Emparedados, e sem conseguir decifrar os próximos passos de Dilma, os petistas decidiram pedir ajuda ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem deverão reunir-se na próxima semana. Eles acham que Lula terá a capacidade de acabar com as brigas internas que não cessam desde que o deputado Marco Maia (RS) derrotou o líder do governo, Cândido Vaccarezza (SP), na disputa pela presidência da Câmara.

Da redação, com agências