Congresso da UBM define prioridades

“A conquista de um País desenvolvido, soberano, socialmente equilibrado e ambientalmente sustentável”. Está é a principal meta deliberada por 362 delegadas de todo o Brasil que participaram no final de semana do 8º Congresso da União Brasileira de Mulheres (UBM) em Praia Grande, São Paulo, e que elegeram Elza Campos a coordenadora geral da entidade.

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) que tem uma longa trajetória em defesa das bandeiras feministas, sendo uma das co-fundadoras de diversas entidades e movimentos emancipatórios de mulheres em Minas, entre os quais a UBM, foi uma das participantes do evento.


Durante o congresso foi redigido e divulgado o documento “Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com Efetiva Participação das Mulheres” em que defendem a prosperidade econômica com igualdade social e liberdade política, inclusão social e valorização da diversidade cultural e social.

  

Economia

 

A alteração do modelo de política econômica vigente, onde prevalece a financeirização é outra demanda das representantes da UBM. “Para erradicar a pobreza é necessário distribuição de renda, aumentos reais e contínuos do salário mínimo, fortalecimento do capital produtivo, e outras medidas que impactem positivamente na vida das mulheres”. Ou seja, elas se posicionam frontalmente contrárias a essa opção do capital especulativo sobre o produtivo, que tão danoso tem sido para a economia nacional.

 

Política

 

O aumento da participação feminina nas esferas de poder é outra meta definida no documento. As mulheres defendem “o financiamento público de campanha, a lista alternada com 50% de mulheres e as coligações, visando fortalecer a democracia e a representatividade feminina”.


A implementação das Reformas Urbana, Agrária, Tributária, da Educação e da Previdência; o fortalecimento do SUS e a Democratização dos Meios de Comunicação; o enfretamento do racismo, do machismo e da homofobia são outras bandeiras.


As delegadas da UBM, reunidas em São Paulo, entendem ser as eleições municipais de 2012 “ um movimento decisivo para que dêem um salto de participação. Por isso, “exigirão de todos os partidos que seja cumprida a cota mínima de candidaturas para 
cada sexo; que se reproduza a cota mínima também para os cargos de direção partidária; e que sejam realizadas atividades de formação e qualificação das mulheres para o exercício das funções legislativas e executivas com os recursos do fundo partidário.”

 

De Belo Horizonte,

Graça Borges